Turista espanhola morre após ser baleada pela Polícia na Rocinha
Rio de Janeiro, 23 Out 2017 (AFP) - Uma turista espanhola de 67 anos morreu nesta segunda-feira (23), baleada pela Polícia na comunidade da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, onde ela fazia um passeio turístico de carro com seus familiares.
Por volta das 10H30, o carro em que estava María Esperanza Jiménez Ruiz "rompeu o bloqueio policial" em uma entrada da favela da Rocinha, uma hora depois de um tiroteio em que dois agentes e um suspeito criminoso acabaram feridos, informou a Polícia Militar (PM) em um comunicado.
"Houve reação da guarnição (...) Durante a abordagem verificou-se que se tratava de um veículo para transporte de turistas", acrescentou o comunicado
María Esperanza Jiménez foi "ferida" e levada ao Hospital Miguel Couto, "mas não resistiu" aos ferimentos e faleceu, destacou o comunicado.
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil informou mais tarde que a espanhola levou pelo menos um tiro no pescoço.
- Perigosos 'safáris' nas favelas -Apesar dos tiroteios, os chamados "safáris" turísticos nas favelas, oferecidos por operadoras privadas, praticamente não deixaram de funcionar nas comunidades.
As imagens do veículo atingido pela Polícia mostram um carro cinza comum, sem nenhuma indicação específica de que estava realizando atividades turísticas.
O irmão e a cunhada da espanhola, que estariam com ela no veículo, chegaram ao hospital sem falar com jornalistas e prestaram depoimento à Polícia, acompanhados por funcionários do consulado espanhol.
Segundo o site de notícias G1, o motorista - um italiano que vive há quatro anos no Brasil- negou qualquer ordem da Polícia para parar o carro. Ele disse que não notou a barreira policial, nem os tiros.
O cônsul da Espanha no Rio, Manuel Salazar, acompanha as investigações.
O coordenador do projeto comunitário Favela Walking Tour na Rocinha, Roberto Júnior, afirmou que o grupo de espanhóis estava provavelmente guiado por alguém de fora da favela, que não conhece bem os perigos do lugar.
"A gente trabalha com guias locais e um vai passando informação para o outro. Como a gente é daqui, sabe dizer se dá ou não. Trabalho com isso há três anos e nunca tive problema. A gente zela. Tem todos os cuidados", disse Júnior ao portal UOL.
- Violência endêmica -Após os Jogos Olímpicos de 2016 e em meio à crise econômica do Estado do Rio, a violência cresceu rapidamente, especialmente nas favelas, onde vive um quarto da população da cidade.
A Rocinha, maior favela do Rio, vive há semanas sob o fogo cruzado e os efetivos policiais foram reforçados com cerca de mil militares no final de setembro.
Contudo, os chamados "safáris" turísticos para visitar a favela não pararam.
A violência no Rio de Janeiro e cidades vizinhas já provocou dezenas de mortos por balas perdidas, incluindo turistas estrangeiros nos últimos meses.
A última vítima foi uma turista britânica baleada em agosto ao entrar acidentalmente com seu marido e filhos em uma favela controlada por criminosos em Angra dos Reis.
Em março, uma turista argentina faleceu em um hospital do Rio um mês após ser ferida por um tiro no Morro dos Prazeres, onde entrou por engano segundo indicações de um GPS quando tentava chegar ao Cristo Redentor.
Três meses antes, um italiano de 52 anos morreu vítima de um disparo nas mesmas circunstâncias, desorientado pelo GPS.
Diante da crise da segurança, o governo federal enviou 8.500 militares da Força Nacional para o Rio de Janeiro para apoiar a Polícia local, mas as tropas foram desmobilizadas no fim de setembro.
Por volta das 10H30, o carro em que estava María Esperanza Jiménez Ruiz "rompeu o bloqueio policial" em uma entrada da favela da Rocinha, uma hora depois de um tiroteio em que dois agentes e um suspeito criminoso acabaram feridos, informou a Polícia Militar (PM) em um comunicado.
"Houve reação da guarnição (...) Durante a abordagem verificou-se que se tratava de um veículo para transporte de turistas", acrescentou o comunicado
María Esperanza Jiménez foi "ferida" e levada ao Hospital Miguel Couto, "mas não resistiu" aos ferimentos e faleceu, destacou o comunicado.
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil informou mais tarde que a espanhola levou pelo menos um tiro no pescoço.
- Perigosos 'safáris' nas favelas -Apesar dos tiroteios, os chamados "safáris" turísticos nas favelas, oferecidos por operadoras privadas, praticamente não deixaram de funcionar nas comunidades.
As imagens do veículo atingido pela Polícia mostram um carro cinza comum, sem nenhuma indicação específica de que estava realizando atividades turísticas.
O irmão e a cunhada da espanhola, que estariam com ela no veículo, chegaram ao hospital sem falar com jornalistas e prestaram depoimento à Polícia, acompanhados por funcionários do consulado espanhol.
Segundo o site de notícias G1, o motorista - um italiano que vive há quatro anos no Brasil- negou qualquer ordem da Polícia para parar o carro. Ele disse que não notou a barreira policial, nem os tiros.
O cônsul da Espanha no Rio, Manuel Salazar, acompanha as investigações.
O coordenador do projeto comunitário Favela Walking Tour na Rocinha, Roberto Júnior, afirmou que o grupo de espanhóis estava provavelmente guiado por alguém de fora da favela, que não conhece bem os perigos do lugar.
"A gente trabalha com guias locais e um vai passando informação para o outro. Como a gente é daqui, sabe dizer se dá ou não. Trabalho com isso há três anos e nunca tive problema. A gente zela. Tem todos os cuidados", disse Júnior ao portal UOL.
- Violência endêmica -Após os Jogos Olímpicos de 2016 e em meio à crise econômica do Estado do Rio, a violência cresceu rapidamente, especialmente nas favelas, onde vive um quarto da população da cidade.
A Rocinha, maior favela do Rio, vive há semanas sob o fogo cruzado e os efetivos policiais foram reforçados com cerca de mil militares no final de setembro.
Contudo, os chamados "safáris" turísticos para visitar a favela não pararam.
A violência no Rio de Janeiro e cidades vizinhas já provocou dezenas de mortos por balas perdidas, incluindo turistas estrangeiros nos últimos meses.
A última vítima foi uma turista britânica baleada em agosto ao entrar acidentalmente com seu marido e filhos em uma favela controlada por criminosos em Angra dos Reis.
Em março, uma turista argentina faleceu em um hospital do Rio um mês após ser ferida por um tiro no Morro dos Prazeres, onde entrou por engano segundo indicações de um GPS quando tentava chegar ao Cristo Redentor.
Três meses antes, um italiano de 52 anos morreu vítima de um disparo nas mesmas circunstâncias, desorientado pelo GPS.
Diante da crise da segurança, o governo federal enviou 8.500 militares da Força Nacional para o Rio de Janeiro para apoiar a Polícia local, mas as tropas foram desmobilizadas no fim de setembro.
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