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EUA cumprimenta Hernández por vitória em eleição em Honduras

22/12/2017 13h42

Washington, 22 dez 2017 (AFP) - Os Estados Unidos saudaram nesta sexta-feira (22) o presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, por sua reeleição, e pediram que as autoridades hondurenhas analisem de forma "transparente e completa" qualquer pedido de impugnação da votação, que foi marcada por suspeitas de fraudes.

"Cumprimentamos o presidente Juan Orlando Hernández por sua vitória nas eleições presidenciais de 26 de novembro, conforme declarado pelo Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras (TSE)", informou o Departamento de Estado em comunicado.

"Pedimos ao TSE que revise de forma transparente e completa qualquer pedido de impugnação apresentado pelos partidos políticos", acrescentou a porta-voz Heather Nauert, observando as "irregularidades" constatadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).

Os Estados Unidos ainda não haviam reconhecido a vitória de Hernández, mas uma fonte do Departamento de Estado indicou esta semana que não via "nada que alterasse" o resultado anunciado pelo TSE.

O TSE declarou no último domingo Hernández o vencedor das eleições após três semanas de atrasos, incerteza, acusações da oposição de "fraude monumental" e violentas manifestações nas ruas, que deixaram pelo menos 12 mortos, segundo especialistas da ONU e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Nesta sexta-feira, o Departamento de Estado americano reiterou seu apelo a todos os hondurenhos para se absterem da violência e pediu ao governo que garanta que as forças de segurança respeitem os direitos dos manifestantes pacíficos.

"Os resultados das eleições, as irregularidades identificadas pela OEA e pela missão de observação eleitoral da UE e as fortes reações dos hondurenhos em todo o espectro político evidenciam a necessidade de um sólido diálogo nacional", afirmou Nauert.

Hernández iniciou na quarta-feira um diálogo com diferentes setores da sociedade para tentar restabelecer a paz e, na quinta-feira, reafirmou seu convite aos opositores para conversarem.