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FBI prende ex-militar que planejava ataque terrorista no Natal

22/12/2017 22h07

Los Angeles, 23 dez 2017 (AFP) - O FBI deteve nesta sexta-feira um ex-militar americano suspeito de planejar um ataque terrorista em San Francisco no dia de Natal.

O suspeito foi identificado como Everitt Aaron Jameson, 26 anos, um ex-fuzileiro e atualmente operador de guindaste que "adotou crenças jihadistas", informa o agente do FBI Christopher McKinney na denúncia entregue a um tribunal federal da Califórnia.

Jameson foi denunciado por proporcionar apoio material a organização terrorista estrangeira e corre o risco de pegar até 20 anos de prisão.

Segundo o FBI, "nunca houve risco iminente para a população".

O suspeito manifestou a um agente disfarçado do FBI que queria utilizar explosivos contra uma multidão no turístico Pier 39 de San Francisco, entre os dias 18 e 25 de dezembro.

O ex-militar destacou que o "Natal seria o dia perfeito para se cometer o ataque" e disse não ter um plano de fuga porque estava "pronto para morrer".

A casa do suspeito, na cidade de Modesto, 150 km de San Francisco, foi vasculhada na quarta-feira e o FBI encontrou seu testamento junto com várias armas e munição.

Segundo o agente do FBI, Jameson recebeu treinamento no Corpo dos Marines em 2009 e era especialista no manejo de fuzis. Foi dado baixa por esconder um histórico médico de asma.

Jameson pretendia atacar o Pier 39 por ser uma área que conhecia e que "estaria cheia de gente".

O ex-militar revelou ao agente disfarçado do FBI, que se dizia um alto dirigente do grupo jihadista Estado Islâmico, que queria um "ataque como o de Nova York e o de San Bernardino", combinando o uso de armas de fogo com atropelamento.

"Hoje nossos incríveis oficiais da lei ajudaram, mais uma vez, a frustrar um plano para assassinar americanos", declarou o promotor Jeff Sessions.

"A ameaça do terrorismo islâmico radical é real, grave, mas o povo americano pode estar certo de que o departamento de Justiça seguirá protegendo nossa pátria".

Segundo o FBI, Jameson expressou seu apoio ao ataque de outubro em Nova York, quando um jihadista utilizou uma caminhonete para atropelar ciclistas, matando oito pessoas.