Human Rights Watch acusa combatentes yazidis de executarem civis
Bagdá, 27 dez 2017 (AFP) - Combatentes yazidis teriam sequestrado e executado 52 civis no norte do Iraque em represália às atrocidades cometidas pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra essa minoria, afirmou a organização Human Rights Watch (HRW) nesta quarta-feira (27).
Em 2014, jihadistas do grupo extremista sunita mataram milhares de yazidis no monte Sinjar e sequestraram milhares de mulheres e adolescentes para torná-las escravas sexuais.
Segundo a HRW, que cita pessoas próximas às vítimas, em 4 de junho de 2017 "as forças yazidis aparentemente prenderam e executaram homens, mulheres e crianças de oito famílias da tribo (sunita) Al Bu Meteut que fugiam dos combates entre o EI e as unidades paramilitares Hashd al Shaabi a oeste de Mossul".
Retomada das mãos do EI no início de julho pelas forças de Bagdá, a segunda cidade do Iraque é a capital da província de Nínive, onde fica Sinjar, reduto da minoria yazidi perseguida pelos extremistas no noroeste do país.
"Quando estiver terminado o combate contra o EI no Iraque, as forças de segurança devem se concentrar na prevenção de atos de represália e impor o Estado de direito", exortou em um comunicado Lama Fakih, da HRW para o Oriente Médio.
"As atrocidades anteriores cometidas contra os yazidis não dão a suas forças um cheque em branco para cometer abusos contra outros grupos, seja qual for o passado", continuou.
Unidades yazidis da Hashd al Shaabi, que estão sob o comando do primeiro-ministro, "estão igualmente envolvidas em outros dois casos de desaparecimento forçado no fim de 2017 de membros das tribos Al Bu Meteut e Jahesh", dois clãs sunitas, segundo a HRW.
Responsáveis yazidis indicaram à ONG que combatentes dessas unidades afirmaram serem os responsáveis pela morte de 52 membros da tribo Al Bu Meteut. Forneceram a HRW fotos das roupas que, segundo eles, pertenciam às vítimas.
Comandantes militares yazidis reconheceram estar envolvidos nesses crimes, considerando que os membros dessa tribo são "cachorros que merecem morrer", acusando-os de ter participado com o EI das perseguições sofridas por sua comunidade. Ambas as tribos desmentem.
Milhares de mulheres e adolescentes, em particular yazidis, foram estupradas, sequestradas, reduzidas à escravidão e submetidas a um tratamento desumano nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico.
Segundo a ONU, cerca de 3.000 continuariam presas.
Os yazidis são uma minoria de língua curda, monoteísta e adeptos a uma religião esotérica. Acreditam em um único Deus e em um "chefe dos anjos" representado por um pavão.
Em 2014, jihadistas do grupo extremista sunita mataram milhares de yazidis no monte Sinjar e sequestraram milhares de mulheres e adolescentes para torná-las escravas sexuais.
Segundo a HRW, que cita pessoas próximas às vítimas, em 4 de junho de 2017 "as forças yazidis aparentemente prenderam e executaram homens, mulheres e crianças de oito famílias da tribo (sunita) Al Bu Meteut que fugiam dos combates entre o EI e as unidades paramilitares Hashd al Shaabi a oeste de Mossul".
Retomada das mãos do EI no início de julho pelas forças de Bagdá, a segunda cidade do Iraque é a capital da província de Nínive, onde fica Sinjar, reduto da minoria yazidi perseguida pelos extremistas no noroeste do país.
"Quando estiver terminado o combate contra o EI no Iraque, as forças de segurança devem se concentrar na prevenção de atos de represália e impor o Estado de direito", exortou em um comunicado Lama Fakih, da HRW para o Oriente Médio.
"As atrocidades anteriores cometidas contra os yazidis não dão a suas forças um cheque em branco para cometer abusos contra outros grupos, seja qual for o passado", continuou.
Unidades yazidis da Hashd al Shaabi, que estão sob o comando do primeiro-ministro, "estão igualmente envolvidas em outros dois casos de desaparecimento forçado no fim de 2017 de membros das tribos Al Bu Meteut e Jahesh", dois clãs sunitas, segundo a HRW.
Responsáveis yazidis indicaram à ONG que combatentes dessas unidades afirmaram serem os responsáveis pela morte de 52 membros da tribo Al Bu Meteut. Forneceram a HRW fotos das roupas que, segundo eles, pertenciam às vítimas.
Comandantes militares yazidis reconheceram estar envolvidos nesses crimes, considerando que os membros dessa tribo são "cachorros que merecem morrer", acusando-os de ter participado com o EI das perseguições sofridas por sua comunidade. Ambas as tribos desmentem.
Milhares de mulheres e adolescentes, em particular yazidis, foram estupradas, sequestradas, reduzidas à escravidão e submetidas a um tratamento desumano nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico.
Segundo a ONU, cerca de 3.000 continuariam presas.
Os yazidis são uma minoria de língua curda, monoteísta e adeptos a uma religião esotérica. Acreditam em um único Deus e em um "chefe dos anjos" representado por um pavão.
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