Pecuaristas franceses se queixam de cota de carne importada do Mercosul
Paris, 30 Jan 2018 (AFP) - A Federação dos Produtores Bovinos (FNB) manifestou sua preocupação nesta terça-feira (30) sobre a possibilidade de haver um aumento das cotas de importação de carne bovina no acordo União Europeia-Mercosul, estimando que "os limites de Emmanuel Macron foram amplamente ultrapassados".
"Emmanuel Macron veio anunciar aos pecuaristas em 25 de janeiro que um acordo com o Mercosul seria concluído. Com uma promessa: os limites França em relação à carne bovina serão respeitados", lembra a FNB em nota.
Mas, "quando um acordo com o Mercosul poderia ser concluído nos próximos dias, estabelecendo a abertura do mercado interno para 99 mil toneladas de carne bovina da América do Sul", comparado com as 70 mil toneladas mencionadas até agora, o FNB estima que "eles ultrapassaram amplamente os limites de Macron".
"Até que ponto vai a retratação do presidente da República nesta questão?", questiona o grupo. Até que ponto Macron "está disposto a sacrificar o gado francês", reitera.
"É com a concordância total da França que este acordo poderia ser concluído. Uma posição francesa que ainda é mais preocupante para os consumidores, sabendo que a carne sul-americana não apresenta qualquer garantia no nível sanitário. Isso se reflete na recente crise da carne em condições precárias no Brasil e no fechamento dos mercados dos Estados Unidos e da Rússia à carne brasileira, depois de descobrirem substâncias proibidas nessas carnes", acrescenta a FNB.
Já o presidente francês disse na sexta-feira estar confiante de que um acordo UE-Mercosul "pode ser bom para ambas as partes" e que é conveniente "tentar concluí-lo rapidamente", depois de uma reunião em Paris com seu equivalente argentino, Mauricio Macri.
De acordo com as estimativas do Instituto de Pecuária, a importação de milhares de toneladas de carne bovina latino-americana na Europa poderia baixar os preços em 10%, e entre 25 mil e 30 mil empregos no setor desapareceriam na França.
"Emmanuel Macron veio anunciar aos pecuaristas em 25 de janeiro que um acordo com o Mercosul seria concluído. Com uma promessa: os limites França em relação à carne bovina serão respeitados", lembra a FNB em nota.
Mas, "quando um acordo com o Mercosul poderia ser concluído nos próximos dias, estabelecendo a abertura do mercado interno para 99 mil toneladas de carne bovina da América do Sul", comparado com as 70 mil toneladas mencionadas até agora, o FNB estima que "eles ultrapassaram amplamente os limites de Macron".
"Até que ponto vai a retratação do presidente da República nesta questão?", questiona o grupo. Até que ponto Macron "está disposto a sacrificar o gado francês", reitera.
"É com a concordância total da França que este acordo poderia ser concluído. Uma posição francesa que ainda é mais preocupante para os consumidores, sabendo que a carne sul-americana não apresenta qualquer garantia no nível sanitário. Isso se reflete na recente crise da carne em condições precárias no Brasil e no fechamento dos mercados dos Estados Unidos e da Rússia à carne brasileira, depois de descobrirem substâncias proibidas nessas carnes", acrescenta a FNB.
Já o presidente francês disse na sexta-feira estar confiante de que um acordo UE-Mercosul "pode ser bom para ambas as partes" e que é conveniente "tentar concluí-lo rapidamente", depois de uma reunião em Paris com seu equivalente argentino, Mauricio Macri.
De acordo com as estimativas do Instituto de Pecuária, a importação de milhares de toneladas de carne bovina latino-americana na Europa poderia baixar os preços em 10%, e entre 25 mil e 30 mil empregos no setor desapareceriam na França.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.