Trump fomenta guerra comercial ao prometer tarifas de importação
Washington, 1 Mar 2018 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, despertou nesta quinta-feira ares de uma guerra no comércio mundial ao anunciar que na semana que vem adotará tarifas de importação pesadas sobre o aço e o alumínio.
Durante uma reunião na Casa Branca com representantes da indústria siderúrgica americana, Trump adiantou que as tarifas do aço chegarão a 25%, enquanto a importação de alumínio será taxada em 10%.
"Assinarei na próxima semana. E vocês terão proteção por muito tempo. Vocês terão que reconstruir sua indústria, é tudo o que estou pedindo", disse Trump aos empresários.
A medida representa um novo passo no protecionismo americano em suas relações comerciais. Ela impacta especialmente Brasil e México, os principais exportadores latino-americanos de aço aos Estados Unidos.
Em 2017, o Brasil respondeu por 13% das importações americanas de aço, e o México foi responsável por outros 9%.
Com o anúncio de Trump, o índice Dow Jones fechou com queda de 1,68% na Bolsa de Nova York, e as ameças de parceiros comerciais não tardaram a chegar.
- Reação imediata -A União Europeia "reagirá com firmeza e proporcionalmente para defender seus interesses", afirmou nesta quinta-feira o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O Canadá, o maior fornecedor dos Estados Unidos em aço e alumínio, considerou "inaceitável" a determinação de Trump.
"O Canadá verá qualquer restrição ao aço e ao alumínio canadense como absolutamente inaceitável", apontou o governo em nota oficial, na qual afirmou que tomará "medidas de resposta para defender seus interesses".
Já no México, a Câmara Nacional da Indústria do Ferro e do Aço pediu uma "resposta recíproca e imediata" à eventual imposição de tarifas
A Câmara disse que deixar o México fora dessa medida seria fundamental para "evitar uma guerra comercial que afetaria as cadeias produtivas de ambos os países".
O novo presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, disse nesta quinta-feira a uma comissão do Senado que não considera a adoção de tarifas como a melhor reação.
"A melhor abordagem é lidar diretamente com as pessoas afetadas, em vez de voltar às tarifas".
- Indústria 'dizimada' -Na manhã desta quinta, Trump já tinha afirmado no Twitter que as importações dos dois metais estavam destruindo a indústria nacional.
"Nossas indústrias de aço e alumínio (e muitas outras) foram dizimadas durante décadas por um comércio injusto e políticas ruins com países de todo o mundo", tuitou o americano nesta quinta.
"Já não devemos permitir que tirem vantagem de nosso país, nossos negócios e nossos trabalhadores", acrescentou o presidente, e solicitou um "comércio livre, justo e inteligente".
O tuíte foi publicado enquanto Liu He, assessor econômico do presidente chinês, Xi Jinping, visita Washington. Ele deve se reunir com funcionários da Casa Branca.
Em meados de fevereiro, o governo Trump anunciou três modelos para taxar as importações de alumínio e aço, destacando a necessidade de preservar a segurança nacional e o emprego nos Estados Unidos.
Durante uma reunião na Casa Branca com representantes da indústria siderúrgica americana, Trump adiantou que as tarifas do aço chegarão a 25%, enquanto a importação de alumínio será taxada em 10%.
"Assinarei na próxima semana. E vocês terão proteção por muito tempo. Vocês terão que reconstruir sua indústria, é tudo o que estou pedindo", disse Trump aos empresários.
A medida representa um novo passo no protecionismo americano em suas relações comerciais. Ela impacta especialmente Brasil e México, os principais exportadores latino-americanos de aço aos Estados Unidos.
Em 2017, o Brasil respondeu por 13% das importações americanas de aço, e o México foi responsável por outros 9%.
Com o anúncio de Trump, o índice Dow Jones fechou com queda de 1,68% na Bolsa de Nova York, e as ameças de parceiros comerciais não tardaram a chegar.
- Reação imediata -A União Europeia "reagirá com firmeza e proporcionalmente para defender seus interesses", afirmou nesta quinta-feira o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O Canadá, o maior fornecedor dos Estados Unidos em aço e alumínio, considerou "inaceitável" a determinação de Trump.
"O Canadá verá qualquer restrição ao aço e ao alumínio canadense como absolutamente inaceitável", apontou o governo em nota oficial, na qual afirmou que tomará "medidas de resposta para defender seus interesses".
Já no México, a Câmara Nacional da Indústria do Ferro e do Aço pediu uma "resposta recíproca e imediata" à eventual imposição de tarifas
A Câmara disse que deixar o México fora dessa medida seria fundamental para "evitar uma guerra comercial que afetaria as cadeias produtivas de ambos os países".
O novo presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, disse nesta quinta-feira a uma comissão do Senado que não considera a adoção de tarifas como a melhor reação.
"A melhor abordagem é lidar diretamente com as pessoas afetadas, em vez de voltar às tarifas".
- Indústria 'dizimada' -Na manhã desta quinta, Trump já tinha afirmado no Twitter que as importações dos dois metais estavam destruindo a indústria nacional.
"Nossas indústrias de aço e alumínio (e muitas outras) foram dizimadas durante décadas por um comércio injusto e políticas ruins com países de todo o mundo", tuitou o americano nesta quinta.
"Já não devemos permitir que tirem vantagem de nosso país, nossos negócios e nossos trabalhadores", acrescentou o presidente, e solicitou um "comércio livre, justo e inteligente".
O tuíte foi publicado enquanto Liu He, assessor econômico do presidente chinês, Xi Jinping, visita Washington. Ele deve se reunir com funcionários da Casa Branca.
Em meados de fevereiro, o governo Trump anunciou três modelos para taxar as importações de alumínio e aço, destacando a necessidade de preservar a segurança nacional e o emprego nos Estados Unidos.
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