OMC diz que guerra comercial pode 'ameaçar a economia mundial'
Genebra, 23 Mar 2018 (AFP) - O diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC) declarou nesta sexta-feira (23) que impor barreiras comerciais pode "por em risco a economia mundial", enquanto Estados Unidos e China disputam uma queda de braço comercial.
"Perturbar o fluxo comercial pode ameaçar a economia mundial em um momento em que a recuperação, embora frágil, é evidente em todo o mundo", alertou o brasileiro Roberto Azevêdo.
"Eu lanço um novo apelo à moderação e a um diálogo urgente como a melhor via a seguir para resolver esses problemas", acrescentou.
A decisão unilateral dos Estados Unidos em 8 de março de impor tarifas de 25% às importações de aço e de 10% sobre as do alumínio trouxe à tona o espectro de uma guerra comercial.
O risco de um confronto aduaneiro aumentou nesta semana, quando Washington anunciou a tarifação de algumas importações chinesas de cerca de 60 bilhões de dólares. Nesta sexta, Pequim respondeu ameaçando revidar taxando certos produtos americanos, como carne suína e frutas.
Washington ainda anunciou nesta sexta a abertura de uma demanda comercial contra a China na OMC, criticando "certas medidas chinesas relativas à proteção dos direitos de propriedade intelectual de suas empresas".
- Risco de escalada -Em sua declaração por escrito, Azevêdo indicou que, durante uma reunião nesta sexta-feira do Conselho da OMC para o Comércio de Mercadorias, os 164 membros do organismo trataram "um bom número de questões comerciais as mais urgentes do momento, inclusive algumas tensões específicas que surgiram entre diferentes membros ao longo das últimas semanas".
"Eu encorajo os membros (da OMC) a continuarem a trabalhar no âmbito de diversos fóruns e mecanismos da OMC a fim de responder a suas preocupações e de explorar soluções potenciais", afirmou ele.
Para Azevêdo, "as medidas tomadas fora desses processos coletivos aumentam consideravelmente o risco de uma escalada em direção a um confronto que não terá vencedores e que pode rapidamente conduzir a um sistema comercial menos estável".
Na raiz das tensões comerciais entre as duas maiores potenciais mundiais está o enorme déficit comercial de Washington com Pequim (de 375,2 bilhões de dólares em 2017, segundo aduanas chinesas), muito criticado pelos americanos.
Para além da disputa entre Estados Unidos e China, os europeus também ficaram inquietos com o risco de uma guerra comercial generalizada, mas também expressaram que não vão se desarmar.
A União Europeia ainda "se reserva" o direito de retaliar eventuais tarifas americanas sobre o aço e o alumínio se não ficar isenta de forma "permanente", alertaram nesta sexta-feira os dirigentes europeus, em declaração conjunta, após uma cúpula em Bruxelas.
"Perturbar o fluxo comercial pode ameaçar a economia mundial em um momento em que a recuperação, embora frágil, é evidente em todo o mundo", alertou o brasileiro Roberto Azevêdo.
"Eu lanço um novo apelo à moderação e a um diálogo urgente como a melhor via a seguir para resolver esses problemas", acrescentou.
A decisão unilateral dos Estados Unidos em 8 de março de impor tarifas de 25% às importações de aço e de 10% sobre as do alumínio trouxe à tona o espectro de uma guerra comercial.
O risco de um confronto aduaneiro aumentou nesta semana, quando Washington anunciou a tarifação de algumas importações chinesas de cerca de 60 bilhões de dólares. Nesta sexta, Pequim respondeu ameaçando revidar taxando certos produtos americanos, como carne suína e frutas.
Washington ainda anunciou nesta sexta a abertura de uma demanda comercial contra a China na OMC, criticando "certas medidas chinesas relativas à proteção dos direitos de propriedade intelectual de suas empresas".
- Risco de escalada -Em sua declaração por escrito, Azevêdo indicou que, durante uma reunião nesta sexta-feira do Conselho da OMC para o Comércio de Mercadorias, os 164 membros do organismo trataram "um bom número de questões comerciais as mais urgentes do momento, inclusive algumas tensões específicas que surgiram entre diferentes membros ao longo das últimas semanas".
"Eu encorajo os membros (da OMC) a continuarem a trabalhar no âmbito de diversos fóruns e mecanismos da OMC a fim de responder a suas preocupações e de explorar soluções potenciais", afirmou ele.
Para Azevêdo, "as medidas tomadas fora desses processos coletivos aumentam consideravelmente o risco de uma escalada em direção a um confronto que não terá vencedores e que pode rapidamente conduzir a um sistema comercial menos estável".
Na raiz das tensões comerciais entre as duas maiores potenciais mundiais está o enorme déficit comercial de Washington com Pequim (de 375,2 bilhões de dólares em 2017, segundo aduanas chinesas), muito criticado pelos americanos.
Para além da disputa entre Estados Unidos e China, os europeus também ficaram inquietos com o risco de uma guerra comercial generalizada, mas também expressaram que não vão se desarmar.
A União Europeia ainda "se reserva" o direito de retaliar eventuais tarifas americanas sobre o aço e o alumínio se não ficar isenta de forma "permanente", alertaram nesta sexta-feira os dirigentes europeus, em declaração conjunta, após uma cúpula em Bruxelas.
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