Rebeldes iemenitas lançam mísseis contra Arábia no 3º ano de conflito
Sana, 26 Mar 2018 (AFP) - Os rebeldes huthis do Iêmen, ligados ao Irã, dispararam mísseis que foram interceptados pela Arábia Saudita, coincidindo com o terceiro aniversário da intervenção de uma coalizão militar liderada por Riad.
Os sete mísseis foram interceptados pela defensa antiaérea saudita no domingo à noite, mas os destroços mataram uma pessoa e deixaram dois feridos em Riad.
Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita responsabilizou o Irã por esses disparos dos rebeldes iemenitas, e ameaçou Teerã com uma resposta.
"Nos reservamos o direito de responder o Irã quando chegar o momento", declarou Turki al-Maliki, porta-voz saudita da coalizão militar dirigida por seu país.
Três mísseis tinham como alvo a capital Riad, um seguia para a cidade de Jamis Mesheit, outro para Najran e dois para a localidade de Jazan, sul da Arábia Saudita, havia afirmado em um comunicado o coronel Turki al-Maliki. A coalizão militar atua no Iêmen desde 26 de março de 2015.
Esta é a primeira vez desde o início da intervenção no Iêmen que a coalizão liderada por Riad informa sobre tantos disparos de mísseis em apenas um dia contra a Arábia Saudita.
"É um acontecimento grave", afirmou Maliki.
Centenas de milhares de partidários dos huthis se reuniram nesta segunda-feira na praça Sabyin, no centro da capital Sanaa. A intervenção da coalizão liderada por Riad para restaurar o governo do presidente iemenita Abd Rabbo Mansur Hadi completa três anos.
Os sauditas apoiam as forças do governo reconhecido pela comunidade internacional em sua luta contra os rebeldes huthis, que em 2014 assumiram o controle de Sanaa e de outros setores do país.
Cantos de guerra, poemas e discursos incendiários contra Estados Unidos, judeus e cristãos foram ouvidas no evento organizado com o lema "resistência à agressão".
- "Mensagem ao mundo" -Para marcar o aniversário da guerra iniciada em 26 de março de 2015, o líder dos rebeldes iemenitas, Abdel Malik Al Huti, pronunciou um discurso contra a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, dois pilares da coalizão.
"Estamos dispostos a mais sacrifícios porque nosso povo se tornou mais apto para resistir à agressão", afirmou em um discurso exibido no domingo à noite pela Al-Masirah, emissora de televisão dos rebeldes.
O conflito deixou quase 10.000 mortos e 53.000 feridos, incluindo muitos civis, e provocou uma grande catástrofe humanitária, segundo a ONU.
Um dos líderes rebeldes, Salah al-Sammad, que atua como "presidente", disse que a mobilização desta segunda-feira "envia uma mensagem ao mundo".
"Três anos de agressões e bloqueio não conseguiram quebrar a vontade do povo iemenita" completou.
Os lançamentos de mísseis coincidem com a visita aos Estados Unidos do príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salman, considerado o idealizador da intervenção militar no Iêmen.
Ao mesmo tempo, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma resolução que pretendia frear a ajuda logística americana às operações militares da coalizão liderada por Riad no Iêmen.
A oposição democrata critica a ajuda. A Anistia Internacional afirmou que os países ocidentais que fornecem armas à Arábia Saudita e seus aliados poderiam ser culpados de "potenciais crimes de guerra" no Iêmen por bombardeios que mataram e feriram civis.
O coronel saudita Turki Al Maliki afirmou que o "ato agressivo e hostil" do lançamento de mísseis a partir do Iêmen "demonstra que o regime iraniano continua dando ajuda militar ao grupo armado".
Arábia Saudita e Estados Unidos acusam com frequência o Irã de fornecer armas, sobretudo mísseis, aos rebeldes, o que o governo de Teerã nega.
Um relatório de especialistas da ONU, no entanto, afirma que o Irã violou o embargo sobre armas no Iêmen ao permitir que os rebeldes adquirissem drones e mísseis.
Os sete mísseis foram interceptados pela defensa antiaérea saudita no domingo à noite, mas os destroços mataram uma pessoa e deixaram dois feridos em Riad.
Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita responsabilizou o Irã por esses disparos dos rebeldes iemenitas, e ameaçou Teerã com uma resposta.
"Nos reservamos o direito de responder o Irã quando chegar o momento", declarou Turki al-Maliki, porta-voz saudita da coalizão militar dirigida por seu país.
Três mísseis tinham como alvo a capital Riad, um seguia para a cidade de Jamis Mesheit, outro para Najran e dois para a localidade de Jazan, sul da Arábia Saudita, havia afirmado em um comunicado o coronel Turki al-Maliki. A coalizão militar atua no Iêmen desde 26 de março de 2015.
Esta é a primeira vez desde o início da intervenção no Iêmen que a coalizão liderada por Riad informa sobre tantos disparos de mísseis em apenas um dia contra a Arábia Saudita.
"É um acontecimento grave", afirmou Maliki.
Centenas de milhares de partidários dos huthis se reuniram nesta segunda-feira na praça Sabyin, no centro da capital Sanaa. A intervenção da coalizão liderada por Riad para restaurar o governo do presidente iemenita Abd Rabbo Mansur Hadi completa três anos.
Os sauditas apoiam as forças do governo reconhecido pela comunidade internacional em sua luta contra os rebeldes huthis, que em 2014 assumiram o controle de Sanaa e de outros setores do país.
Cantos de guerra, poemas e discursos incendiários contra Estados Unidos, judeus e cristãos foram ouvidas no evento organizado com o lema "resistência à agressão".
- "Mensagem ao mundo" -Para marcar o aniversário da guerra iniciada em 26 de março de 2015, o líder dos rebeldes iemenitas, Abdel Malik Al Huti, pronunciou um discurso contra a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, dois pilares da coalizão.
"Estamos dispostos a mais sacrifícios porque nosso povo se tornou mais apto para resistir à agressão", afirmou em um discurso exibido no domingo à noite pela Al-Masirah, emissora de televisão dos rebeldes.
O conflito deixou quase 10.000 mortos e 53.000 feridos, incluindo muitos civis, e provocou uma grande catástrofe humanitária, segundo a ONU.
Um dos líderes rebeldes, Salah al-Sammad, que atua como "presidente", disse que a mobilização desta segunda-feira "envia uma mensagem ao mundo".
"Três anos de agressões e bloqueio não conseguiram quebrar a vontade do povo iemenita" completou.
Os lançamentos de mísseis coincidem com a visita aos Estados Unidos do príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salman, considerado o idealizador da intervenção militar no Iêmen.
Ao mesmo tempo, o Senado dos Estados Unidos rejeitou uma resolução que pretendia frear a ajuda logística americana às operações militares da coalizão liderada por Riad no Iêmen.
A oposição democrata critica a ajuda. A Anistia Internacional afirmou que os países ocidentais que fornecem armas à Arábia Saudita e seus aliados poderiam ser culpados de "potenciais crimes de guerra" no Iêmen por bombardeios que mataram e feriram civis.
O coronel saudita Turki Al Maliki afirmou que o "ato agressivo e hostil" do lançamento de mísseis a partir do Iêmen "demonstra que o regime iraniano continua dando ajuda militar ao grupo armado".
Arábia Saudita e Estados Unidos acusam com frequência o Irã de fornecer armas, sobretudo mísseis, aos rebeldes, o que o governo de Teerã nega.
Um relatório de especialistas da ONU, no entanto, afirma que o Irã violou o embargo sobre armas no Iêmen ao permitir que os rebeldes adquirissem drones e mísseis.
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