Dinamarca pede prisão perpétua para cientista que matou jornalista em submarino
Copenhaga, 23 Abr 2018 (AFP) -
A promotoria dinamarquesa pediu nesta segunda-feira a prisão perpétua para Peter Madsen, julgado pelo assassinato, em agosto de 2017, dentro de seu submarino, da jornalista sueca Kim Wall, cujo corpo foi encontrado no mar, mutilado e esquartejado.
O veredicto pode ser conhecido na quarta-feira neste julgamento único na história judicial dinamarquesa devido às circunstância, um crime em um submarino, e pela personalidade de seus protagonistas: um inventor renomado em seu país, criador de foguetes e submergíveis, e uma jovem jornalista de 30 anos que ia entrevistá-lo.
Em outubro, Peter Madsen acabou por confessar que esquartejou e lançou ao mar o corpo da vítima, mas negou tê-la matado intencionalmente.
Até então, Madsen, de 46 anos, negava ter mutilado o cadáver e assegurava que a jornalista havia morrido acidentalmente, depois que uma escotilha de 70 quilos teria caído sobre a sua cabeça.
Ele está sendo julgado por assassinato, profanação de cadáver e agressão sexual.
A necropsia não permitiu determinar as causas da morte de Kim Wall. As partes do corpo da vítima foram encontradas em diferentes lugares da Baía de Køge, que separa a Dinamarca da Suécia.
"O homicídio pode ter acontecido por degolamento ou estrangulamento", afirma a Procuradoria, que no julgamento alegará premeditação para o crime.
O procurador Kakob Buch-Jepsen pediu que a imprensa seja cuidadosa ao publicar as informações mais sensíveis "deste caso de rara violência, com consequências trágicas para Kim Wall e seus parentes".
Em 10 de agosto, Madsen embarcou com Wall no "UC3 Nautilus", submarino que ele mesmo projetou e construiu.
A jornalista queria fazer o perfil deste engenheiro autodidata obcecado pela conquista do mar e do espaço.
Madsen foi socorrido no dia 11 de agosto pela manhã, antes do naufrágio de sua embarcação, que admitiu ter afundado intencionalmente.
No dia seguinte, as autoridades emergiram o "Nautilus", que foi rebocado até Copenhague para fazer investigações em seu interior.
Depois de uma intensa busca no mar, o tronco decapitado e amputado de Kim Wall foi encontrado em 21 de agosto por um ciclista na Baía de Køge.
No início de outubro, a Polícia anunciou ter encontrado a cabeça e as pernas da jornalista nas mesmas águas.
A acusação sustenta que Madsen matou Kim Wall com o objetivo de satisfazer uma fantasia sexual, para depois mutilar seu corpo.
No disco rígido do computador de seu laboratório foram encontrados filmes "fetichistas" em que mulheres "reais" são torturadas, decapitadas e queimadas.
str-gab/cbw/ces/gh/age/cn
A promotoria dinamarquesa pediu nesta segunda-feira a prisão perpétua para Peter Madsen, julgado pelo assassinato, em agosto de 2017, dentro de seu submarino, da jornalista sueca Kim Wall, cujo corpo foi encontrado no mar, mutilado e esquartejado.
O veredicto pode ser conhecido na quarta-feira neste julgamento único na história judicial dinamarquesa devido às circunstância, um crime em um submarino, e pela personalidade de seus protagonistas: um inventor renomado em seu país, criador de foguetes e submergíveis, e uma jovem jornalista de 30 anos que ia entrevistá-lo.
Em outubro, Peter Madsen acabou por confessar que esquartejou e lançou ao mar o corpo da vítima, mas negou tê-la matado intencionalmente.
Até então, Madsen, de 46 anos, negava ter mutilado o cadáver e assegurava que a jornalista havia morrido acidentalmente, depois que uma escotilha de 70 quilos teria caído sobre a sua cabeça.
Ele está sendo julgado por assassinato, profanação de cadáver e agressão sexual.
A necropsia não permitiu determinar as causas da morte de Kim Wall. As partes do corpo da vítima foram encontradas em diferentes lugares da Baía de Køge, que separa a Dinamarca da Suécia.
"O homicídio pode ter acontecido por degolamento ou estrangulamento", afirma a Procuradoria, que no julgamento alegará premeditação para o crime.
O procurador Kakob Buch-Jepsen pediu que a imprensa seja cuidadosa ao publicar as informações mais sensíveis "deste caso de rara violência, com consequências trágicas para Kim Wall e seus parentes".
Em 10 de agosto, Madsen embarcou com Wall no "UC3 Nautilus", submarino que ele mesmo projetou e construiu.
A jornalista queria fazer o perfil deste engenheiro autodidata obcecado pela conquista do mar e do espaço.
Madsen foi socorrido no dia 11 de agosto pela manhã, antes do naufrágio de sua embarcação, que admitiu ter afundado intencionalmente.
No dia seguinte, as autoridades emergiram o "Nautilus", que foi rebocado até Copenhague para fazer investigações em seu interior.
Depois de uma intensa busca no mar, o tronco decapitado e amputado de Kim Wall foi encontrado em 21 de agosto por um ciclista na Baía de Køge.
No início de outubro, a Polícia anunciou ter encontrado a cabeça e as pernas da jornalista nas mesmas águas.
A acusação sustenta que Madsen matou Kim Wall com o objetivo de satisfazer uma fantasia sexual, para depois mutilar seu corpo.
No disco rígido do computador de seu laboratório foram encontrados filmes "fetichistas" em que mulheres "reais" são torturadas, decapitadas e queimadas.
str-gab/cbw/ces/gh/age/cn
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.