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Empresários, estudantes e sociedade civil convocam greve de 24 h na Nicarágua, contra violência

12.mai.18 - Protestos contra o governo de Daniel Ortega em Masaya, na Nicarágua - Alfredo Zuniga/AP Photo
12.mai.18 - Protestos contra o governo de Daniel Ortega em Masaya, na Nicarágua Imagem: Alfredo Zuniga/AP Photo

Manágua

12/06/2018 22h04

Uma aliança de oposição nicaraguense convocou nesta terça-feira (12) uma greve geral de 24 horas para a quinta (14), como medida de pressão para que o governo do presidente Daniel Ortega retome o diálogo e pare com a repressão violenta, que já deixou 148 mortos em 56 dias de protestos.

"Esta será uma paralisação cívica e pacífica envolvendo todo o país e todas as atividades econômicas, exceto às relacionadas com a preservação da vida e a cobertura dos serviços básicos para a população", informou a Aliança Nacional pela Justiça e a Democracia, que reúne empresários, estudantes e setores da sociedade civil.

O comunicado, lido por José Adán Aguerri, presidente do Conselho Superior da Empresa Privada (Cosep), informa que a greve começará à meia-noite local (3h da manhã em Brasília) de quinta-feira e terminará 24 horas depois.

O país está semiparalisado há quase dois meses por uma onda de protestos contra o governo, iniciada em 18 de abril contra a reforma da Previdência.

"Exortamos todos os donos de negócios, pequenos e médios empresários, profissionais independentes e outros a fechar seus estabelecimentos", assinala o comunicado.

Os opositores exigem de Ortega "uma resposta imediata" à proposta dos bispos católicos, que na semana passada propuseram um plano de democratização como base para a retomada do diálogo com a oposição, em busca de uma saída para a crise política e social.