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Síria usou gás sarin e cloro em ataques de 2017, diz agência que combate armas químicas

Rami al Sayed/AFP
Imagem: Rami al Sayed/AFP

13/06/2018 14h11

Gás sarin e gás cloro foram utilizados em dois ataques no sul da Síria em março de 2017, reportou nesta quarta-feira (13) a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

"Muito provavelmente gás sarin foi utilizado como arma química em Latamné, na Síria, em 24 de março de 2017. A FFM (missão de investigação da OPAQ) também concluiu que gás cloro foi muito provavelmente utilizado como arma química no hospital de Latamné e seus arredores em 25 de março de 2017", indicou a OPAQ em um comunicado.

Poucos dias depois, em 30 de março, sarin foi usado em um terceiro ataque na localidade de Latamné, conforme declarou no ano passado à AFP o diretor geral da OPAQ Ahmet Üzümcü.

Latamné está localizada cerca de vinte quilômetros ao sul de Khan Sheikhun, localidade controlada por rebeldes e jihadistas na província de Idleb, alvo cinco dias depois, em 4 de abril de 2017, de um ataque aéreo que matou 83 pessoas de acordo com ONU, pelo menos 87, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Durante a madrugada de 6 a 7 de abril, 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados por dois navios americanos no Mediterrâneo contra a base aérea síria de Al-Chaayrate (centro).

"As conclusões dos incidentes de 24 de março e 25 de março são baseadas em vários testemunhos, análises epidemiológicas e amostras ambientais", continuou a OPAQ.

"A coleta de informações e materiais, perguntas feitas a testemunhas e análise de amostras exigiram mais tempo para tirar conclusões", acrescentou a OPAQ.

A organização também anunciou em maio que seus especialistas haviam acabado de coletar amostras na cidade síria de Duma, palco em abril de um suposto ataque químico que matou pelo menos 40 pessoas, segundo socorristas.

As conclusões da investigação da OPAQ ainda não foram divulgadas.

O ataque à Duma, atribuído às forças do governo sírio pelo Ocidente, desencadeou bombardeios de Washington, Paris e Londres contra instalações de energia e um aumento nas tensões diplomáticas.