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EUA pedem que centro-americanos desistam de migração ilegal

10/07/2018 21h25

Cidade da Guatemala, 11 Jul 2018 (AFP) - A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, chamou nesta terça-feira os países do norte da América Central a evitarem a migração ilegal, em meio à turbulência gerada pela política de Washington de "tolerância zero" aos fluxos de estrangeiros sem documentos.

Nielsen insistiu no pedido para que os centro-americanos não migrem ilegalmente a seu país, após se reunir na capital guatemalteca com os chanceleres do México, Guatemala, Honduras e El Salvador em busca de soluções para a onda migratória aos Estados Unidos.

"Vou continuar estimulando aqueles que estão tomando esse caminho (de migrar), por favor façam isso pela via legal", apontou a funcionária do governo do presidente Donald Trump.

Nielsen indicou que os Estados Unidos podem aceitar os que venham do denominado Triângulo Norte da América Central toda vez que cheguem ao país por meio de uma solicitação formal de asilo.

"Não há necessidade de infringir a lei americana para buscar abrigo", afirmou.

A reunião foi realizada após a visita a Guatemala, no último 28 de junho, do vice-presidente americano, Mike Pence, para discutir a tempestade política provocada pela separação de mais de 2.000 crianças migrantes de seus pais detidos ao cruzarem a fronteira.

Nessa ocasião, Pence exigiu aos presidentes dos países do norte centro-americano que freiem o "êxodo".

"Separar as crianças de seus pais é uma ação cruel e desumana", indicou o chanceler do México, Luis Videgaray, e acrescentou que "estão sendo tomadas ações concretas para impedir que isso volte a ocorrer".

Nielsen e os chanceleres da região acordaram iniciar uma campanha para "dissuadir" a migração ilegal, atacar os traficantes conhecidos como "coiotes" e enfrentar as organizações criminosas.