Reconhecido padre chileno preso por abuso sexual de menores
Santiago, 12 Jul 2018 (AFP) - O reconhecido sacerdote chileno Oscar Muñoz, que ocupou cargos de responsabilidade no Arcebispado de Santiago, foi detido nesta quinta-feira (12) pela Procuradoria por cometer abusos sexuais contra sete menores, em um novo escândalo de pedofilia que atinge a Igreja chilena.
Muñoz, de 56 anos, foi detido pela polícia sob acusações de ter cometido "abusos sexuais reiterados" e de ter tido "relação sexual com menor com circunstância de estupro" desde 2002 nas cidades de Santiago e Rancagua (sul), indicou o procurador de Rancagua, Emiliano Arias, encarregado do caso.
"Todos os crimes cometidos e que serão formalizados contra esse sacerdote não prescreveram, estão vigentes, portanto, a responsabilidade é plena", explicou Arias a jornalistas após reunião com o arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati.
Muñoz ocupou os cargos de vice-chanceler e chanceler no Arcebispado de Santiago desde 2011, posição hierárquica da qual foi despojado há dois meses, depois que, em janeiro, dias antes da visita do papa Francisco ao Chile, admitiu ter abusado de um menor.
O caso foi investigado pela Igreja chilena, que posteriormente remeteu o processo à Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, instituição que investiga abusos cometidos por religiosos
Os abusos de Muñoz foram revelados após o expediente do caso ter sido um dos arquivos apreendidos pela Procuradoria chilena em uma surpreendente operação realizada em escritórios dos Arcebispados de Santiago e Rancagua, em junho.
A apreensão ocorreu durante a segunda visita do arcebispo Charles Scicluna ao Chile, que, por ordem do papa, estava investigando dezenas de casos de pedofilia cometidos por padres e o seu acobertamento. Scicluna testemunhou perante a Justiça chilena antes de retornar ao Vaticano.
O procurador Arias afirmou que também investiga a hipótese de encobrimento dos abusos de Muñoz poderia envolver altos funcionários da Igreja chilena, incluindo os dois últimos arcebispos de Santiago, Francisco Javier Errazuriz e Ricardo Ezzati.
"O Arcebispado de Santiago reitera a disponibilidade de colaborar com a Justiça em tudo o que for necessário", manifestou o arcebispo Ezzati.
Muñoz será transferido na sexta-feira para Rancagua, onde será julgado. A polícia chilena habilitou um e-mail para receber novas denúncias sobre esse caso.
A Igreja chilena tem sido atingida por escândalos de abuso sexuais a menores cometidos por dezenas de sacerdotes que levaram o papa Francisco a criticar duramente o tratamento da hierarquia eclesiástica chilena às denúncias de pedofilia.
O papa aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos acusados, quatro deles, de encobrir ou ignorar os abusos sexuais de menores.
Muñoz, de 56 anos, foi detido pela polícia sob acusações de ter cometido "abusos sexuais reiterados" e de ter tido "relação sexual com menor com circunstância de estupro" desde 2002 nas cidades de Santiago e Rancagua (sul), indicou o procurador de Rancagua, Emiliano Arias, encarregado do caso.
"Todos os crimes cometidos e que serão formalizados contra esse sacerdote não prescreveram, estão vigentes, portanto, a responsabilidade é plena", explicou Arias a jornalistas após reunião com o arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati.
Muñoz ocupou os cargos de vice-chanceler e chanceler no Arcebispado de Santiago desde 2011, posição hierárquica da qual foi despojado há dois meses, depois que, em janeiro, dias antes da visita do papa Francisco ao Chile, admitiu ter abusado de um menor.
O caso foi investigado pela Igreja chilena, que posteriormente remeteu o processo à Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, instituição que investiga abusos cometidos por religiosos
Os abusos de Muñoz foram revelados após o expediente do caso ter sido um dos arquivos apreendidos pela Procuradoria chilena em uma surpreendente operação realizada em escritórios dos Arcebispados de Santiago e Rancagua, em junho.
A apreensão ocorreu durante a segunda visita do arcebispo Charles Scicluna ao Chile, que, por ordem do papa, estava investigando dezenas de casos de pedofilia cometidos por padres e o seu acobertamento. Scicluna testemunhou perante a Justiça chilena antes de retornar ao Vaticano.
O procurador Arias afirmou que também investiga a hipótese de encobrimento dos abusos de Muñoz poderia envolver altos funcionários da Igreja chilena, incluindo os dois últimos arcebispos de Santiago, Francisco Javier Errazuriz e Ricardo Ezzati.
"O Arcebispado de Santiago reitera a disponibilidade de colaborar com a Justiça em tudo o que for necessário", manifestou o arcebispo Ezzati.
Muñoz será transferido na sexta-feira para Rancagua, onde será julgado. A polícia chilena habilitou um e-mail para receber novas denúncias sobre esse caso.
A Igreja chilena tem sido atingida por escândalos de abuso sexuais a menores cometidos por dezenas de sacerdotes que levaram o papa Francisco a criticar duramente o tratamento da hierarquia eclesiástica chilena às denúncias de pedofilia.
O papa aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos acusados, quatro deles, de encobrir ou ignorar os abusos sexuais de menores.
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