Trump insiste em que Otan gaste mais com defesa, mas admite avanços
Bruxelas, 12 Jul 2018 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, reconheceu finalmente os progressos de seus aliados para aumentar os gastos militares, depois de forçar, nesta quinta-feira (12), uma reunião de emergência da cúpula da Otan para assinalar os "maus alunos", especialmente a Alemanha.
"Eles aceitaram pagar e pagar mais rapidamente", comemorou o presidente dos Estados Unidos em uma coletiva de imprensa não planejada antes de deixar Bruxelas para Londres.
"Grande sucesso hoje na Otan! Bilhões de dólares adicionais pagos pelos membros desde a minha eleição", tuitou em seguida Donald Trump já na capital britânica.
"Desde a eleição de Trump, dinheiro fresco entrou: 41 bilhões de dólares adicionais para os gastos militares dos Aliados, o que é substancial. Precisamos de novos aumentos substanciais", ressaltou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
O compromisso prometido em 2014 de dedicar 2% do PIB aos gastos com defesa até 2024 permanece letra morta na declaração conjunta aprovada nesta quarta-feira pelos líderes dos 29 países membros da Aliança.
Mas cerca de quinze países, incluindo Alemanha, Canadá, Itália, Espanha e Bélgica, ainda estão muito longe da meta, com menos de 1,4% de seu PIB para a Defesa em 2018, e alguns afirmam que não vão serão incapazes de respeitar esse compromisso, citando restrições orçamentárias.
Donald Trump chegou em Bruxelas na terça-feira à noite e decidiu forçar a mão. Ele não deixou de pressionar a cúpula com mensagens em sua conta no Twitter e declarações diretas aos maus pagadores.
Alvo privilegiado: a Alemanha, acusada de pagar bilhões pela compra de petróleo e gás da Rússia, em vez de contribuir para os gastos com defesa. A Alemanha planeja gastar 1,5% do seu PIB em gastos militares em 2025.
- "Acredito na Otan" -Trump reiterou suas exigências nesta quinta, segundo dia da cúpula, e Jens Stoltenberg foi forçado a convocar uma reunião de emergência para evitar o risco de uma grande crise.
"Esperava uma discussão franca e foi o que aconteceu ontem e hoje. Os Aliados entenderam que o presidente Trump leva muito a sério questão dos gastos", reconheceu o chefe da Otan.
O presidente americano reivindicou uma vitória. "Os Aliados podiam estar preocupados, porque ontem eu estava extremamente insatisfeito com o que acontecia e eles aumentaram consideravelmente os seus compromissos. Agora estamos muito felizes por ter uma Otan muito poderosa, muito forte e muito mais forte que dois dias atrás", disse ele.
"Eu poderia ter usado a ameaça (de deixar a Otan), mas isso não foi necessário", ressaltou em resposta a uma pergunta nesse sentido.
"Obtive um progresso extraordinário em comparação com os meus antecessores", sustentou. "A Alemanha concordou em acelerar o ritmo para aumentar seus gastos militares", explicou Donald Trump.
Mas a chanceler Angela Merkel se limitou a afirmar que os "alemães sabem que devem fazer mais e é isso que temos feito há algum tempo", confirmando o objetivo de 1,5% do PIB alemão em 2025.
Os chefes dos governos italiano e espanhol, Giuseppe Conte e Pedro Sánchez, prometeram que seus países respeitariam os compromissos assumidos por seus antecessores, mas excluíram aumentar as contribuições.
Depois das ameaças, o apaziguamento: "Acredito na Otan. A Otan está mais forte do que há dois anos", disse o presidente dos Estados Unidos após a cúpula.
Um sentimento compartilhado pelo francês Emmanuel Macron: "A Otan sai mais forte" de sua cúpula.
A França respeitará seus compromissos de dedicar 2% do seu PIB aos gastos militares. "Nós estaremos lá em 2025", reafirmou nesta quinta a ministra dos Exércitos Florence Parly.
"Estamos totalmente de acordo com o que foi registrado na declaração final adotada de maneira consensual", disse ela.
O presidente americano chegou ao Reino Unido nesta quinta-feira à tarde para uma visita oficial, durante a qual se encontrará com a rainha Elizabeth II e com a primeira-ministra Theresa May.
Ele então viajará para Helsinque para uma cúpula bilateral histórica com o presidente russo Vladimir Putin na segunda-feira, quando abordará, entre outros assuntos, as acusações de interferência russa nas eleições presidenciais americanas, em 2016.
A declaração final da cúpula da Otan é um verdadeiro posicionamento contra a política externa de Vladimir Putin.
Jens Stoltenberg alertou que "qualquer interferência" no processo de adesão da antiga República Iugoslava da Macedônia seria "inaceitável" para a Otan.
Vladimir Putin "não é meu inimigo (...) No final das contas, é um concorrente, ele representa a Rússia, eu represento os Estados Unidos", disse Donald Trump.
"Eles aceitaram pagar e pagar mais rapidamente", comemorou o presidente dos Estados Unidos em uma coletiva de imprensa não planejada antes de deixar Bruxelas para Londres.
"Grande sucesso hoje na Otan! Bilhões de dólares adicionais pagos pelos membros desde a minha eleição", tuitou em seguida Donald Trump já na capital britânica.
"Desde a eleição de Trump, dinheiro fresco entrou: 41 bilhões de dólares adicionais para os gastos militares dos Aliados, o que é substancial. Precisamos de novos aumentos substanciais", ressaltou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
O compromisso prometido em 2014 de dedicar 2% do PIB aos gastos com defesa até 2024 permanece letra morta na declaração conjunta aprovada nesta quarta-feira pelos líderes dos 29 países membros da Aliança.
Mas cerca de quinze países, incluindo Alemanha, Canadá, Itália, Espanha e Bélgica, ainda estão muito longe da meta, com menos de 1,4% de seu PIB para a Defesa em 2018, e alguns afirmam que não vão serão incapazes de respeitar esse compromisso, citando restrições orçamentárias.
Donald Trump chegou em Bruxelas na terça-feira à noite e decidiu forçar a mão. Ele não deixou de pressionar a cúpula com mensagens em sua conta no Twitter e declarações diretas aos maus pagadores.
Alvo privilegiado: a Alemanha, acusada de pagar bilhões pela compra de petróleo e gás da Rússia, em vez de contribuir para os gastos com defesa. A Alemanha planeja gastar 1,5% do seu PIB em gastos militares em 2025.
- "Acredito na Otan" -Trump reiterou suas exigências nesta quinta, segundo dia da cúpula, e Jens Stoltenberg foi forçado a convocar uma reunião de emergência para evitar o risco de uma grande crise.
"Esperava uma discussão franca e foi o que aconteceu ontem e hoje. Os Aliados entenderam que o presidente Trump leva muito a sério questão dos gastos", reconheceu o chefe da Otan.
O presidente americano reivindicou uma vitória. "Os Aliados podiam estar preocupados, porque ontem eu estava extremamente insatisfeito com o que acontecia e eles aumentaram consideravelmente os seus compromissos. Agora estamos muito felizes por ter uma Otan muito poderosa, muito forte e muito mais forte que dois dias atrás", disse ele.
"Eu poderia ter usado a ameaça (de deixar a Otan), mas isso não foi necessário", ressaltou em resposta a uma pergunta nesse sentido.
"Obtive um progresso extraordinário em comparação com os meus antecessores", sustentou. "A Alemanha concordou em acelerar o ritmo para aumentar seus gastos militares", explicou Donald Trump.
Mas a chanceler Angela Merkel se limitou a afirmar que os "alemães sabem que devem fazer mais e é isso que temos feito há algum tempo", confirmando o objetivo de 1,5% do PIB alemão em 2025.
Os chefes dos governos italiano e espanhol, Giuseppe Conte e Pedro Sánchez, prometeram que seus países respeitariam os compromissos assumidos por seus antecessores, mas excluíram aumentar as contribuições.
Depois das ameaças, o apaziguamento: "Acredito na Otan. A Otan está mais forte do que há dois anos", disse o presidente dos Estados Unidos após a cúpula.
Um sentimento compartilhado pelo francês Emmanuel Macron: "A Otan sai mais forte" de sua cúpula.
A França respeitará seus compromissos de dedicar 2% do seu PIB aos gastos militares. "Nós estaremos lá em 2025", reafirmou nesta quinta a ministra dos Exércitos Florence Parly.
"Estamos totalmente de acordo com o que foi registrado na declaração final adotada de maneira consensual", disse ela.
O presidente americano chegou ao Reino Unido nesta quinta-feira à tarde para uma visita oficial, durante a qual se encontrará com a rainha Elizabeth II e com a primeira-ministra Theresa May.
Ele então viajará para Helsinque para uma cúpula bilateral histórica com o presidente russo Vladimir Putin na segunda-feira, quando abordará, entre outros assuntos, as acusações de interferência russa nas eleições presidenciais americanas, em 2016.
A declaração final da cúpula da Otan é um verdadeiro posicionamento contra a política externa de Vladimir Putin.
Jens Stoltenberg alertou que "qualquer interferência" no processo de adesão da antiga República Iugoslava da Macedônia seria "inaceitável" para a Otan.
Vladimir Putin "não é meu inimigo (...) No final das contas, é um concorrente, ele representa a Rússia, eu represento os Estados Unidos", disse Donald Trump.
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