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Trump diz estar disposto a se reunir com líderes do Irã 'sem pré-condições'

30/07/2018 17h31

Washington, 30 Jul 2018 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (30) estar disposto a se reunir com os líderes do Irã "quando eles quiserem" e "sem pré-condições", uma semana depois de a tensão entre Washington e Teerã crescer.

"Eu me reuniria com (dirigentes do) Irã se eles quisessem se reunir. Não sei se eles já estão prontos", disse Trump em uma coletiva de imprensa na Casa Branca junto ao primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.

"É bom para o país, bom para eles, bom para nós e bom para o mundo. Sem pré-condições. Se eles quiserem se reunir, eu vou. Na hora que quiserem", afirmou.

Na segunda-feira passada, depois de uma advertência provocadora do presidente iraniano, Hasan Rohani, de que não "brincasse com a cauda do leão", Trump respondeu com uma mensagem violenta no Twitter, toda em caixa alta.

"NUNCA MAIS VOLTE A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS OU SOFRERÁ CONSEQUÊNCIAS QUE MUITOS POUCOS SOFRERAM AO LONGO DA HISTÓRIA", tuitou Trump em mensagem direta ao presidente iraniano.

"NÃO SOMOS MAIS UM PAÍS QUE SUPORTARÁ SUAS PALAVRAS DEMENTES DE VIOLÊNCIA E MORTE. TENHA CUIDADO!", acrescentou Trump.

Horas mais tarde, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, replicou, também no Twitter e com as letras maiúsculas: "NÃO ESTAMOS IMPRESSIONADOS".

"Existimos há milênios e vimos a queda de impérios, incluindo o nosso, que durou mais do que a vida de alguns países. SEJA PRUDENTE!", disse.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, apontou então que a prioridade de Trump é "a segurança do povo americano" e garantir que Teerã não desenvolva armas nucleares.

Irã e Estados Unidos romperam relações diplomáticas em 1980.

Em 8 de maio passado, Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015, e a retomada das sanções contra este país.

Washington culpa Teerã de desempenhar um papel "desestabilizador" no Oriente Médio e apontou 12 duras condições para um novo acordo com o Irã.

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