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Lula será julgado por lavagem de dinheiro por negócio com Guiné Equatorial

14/12/2018 21h45

São Paulo, 14 dez 2018 (AFP) - Um tribunal de São Paulo abriu nesta sexta-feira mais um processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, por lavagem de dinheiro ao intermediar em negócio na Guiné Equatorial, confirmou sua defesa.

A juíza Michele Camini Mickelberg aceitou a denúncia apresentada no final de novembro pela promotoria, que afirma que Lula utilizou seu "prestígio internacional" para obter decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que beneficiaram o grupo brasileiro ARG no país africano.

Segundo a denúncia, o ex-presidente recebeu um milhão de reais "dissimulados" como doações para o Instituto Lula entre setembro de 2011 e junho de 2012.

Em sua decisão, a juíza considerou que "há indícios suficientes" para "o início de um processo penal".

A defesa de Lula qualificou a acusação de "frívola e desprovida de suporte probatório mínimo é mais um passo da perseguição que vem sendo praticada contra o ex-presidente com o objetivo de impedir sua atuação política por meio da má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos".

O Instituto Lula negou as acusações e esclareceu que todas as doações recebidas foram legais, declaradas e sem contrapartidas.

Preso desde o dia 7 de abril, Lula cumpre na sede da Polícia Federal em Curitiba pena de 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o triplex no Guarujá.

O ex-presidente, de 73 anos, é investigado em outros cinco processos na justiça.

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