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Processo do massacre em Museu Judaico de Bruxelas é roubado em pleno julgamento

30/01/2019 10h07

Bruxelas, 30 Jan 2019 (AFP) - Um dos advogados do julgamento atualmente em andamento sobre o assassinato de quatro pessoas no Museu Judaico de Bruxelas teve seu gabinete invadido, e o processo do caso, roubado - anunciou o Ministério Público.

Os ladrões do dossiê "Nemmouche" deixaram no lugar do computador e da papelada do processo um bastão de beisebol e uma réplica de um fuzil kalashnikov, informou a fonte em um comunicado.

Desde 10 de janeiro, o jihadista francês e seu compatriota Nacer Bendrer comparecem ante o tribunal de Bruxelas para responder aos fatos ocorridos em maio de 2014, um julgamento no qual enfrentam a prisão perpétua.

Na noite de terça-feira, Vincent Lurquin, advogado de uma das partes civis, foi vítima de um roubo em seu gabinete.

O MP de Bruxelas explica que o advogado constatou "o desaparecimento de seu notebook e de dois volumes de processos, entre eles o que se refere ao caso "Nemmouche"".

A Justiça abriu uma investigação pelo roubo e pela ameaças feitas ao advogado.

O processo deve continuar até 1º de março.

Nemmouche, o principal réu, nega os fatos, mas, para as partes civis, as provas reunidas em quatro anos de investigação são "irrefutáveis".

Se o tribunal aceitar a tese da acusação, o ataque, que chocou o mundo, será caracterizado como o primeiro realizado na Europa por um extremista que retornou da Síria, meses antes do ataque de novembro de 2015 em Paris. Neste episódio, morreram 130 pessoas.

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