EUA convocam reunião urgente sobre Venezuela no Conselho de Segurança da ONU
Nações Unidas, Estados Unidos, 25 Fev 2019 (AFP) - A pedido dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá com urgência nesta terça-feira para discutir a crise da Venezuela, após a violenta repressão dos manifestantes no fim de semana, durante uma tentativa de levar ajuda humanitária estrangeira ao país.
Os Estados Unidos pediram para a reunião do Conselho, marcada para as 15h (17h de Brasília), ser aberta, segundo diplomatas.
Quatro pessoas morreram no último fim de semana na fronteira venezuelana com o Brasil em confrontos entre as forças do presidente Nicolás Maduro e civis em busca de ajuda, segundo a ONG Foro Penal. Outras centenas ficaram feridas em confrontos violentos nas fronteiras com a Colômbia e o Brasil.
Embora a Rússia apoie o governo de Maduro, diplomatas disseram que é improvável que convoquem uma votação processual para tentar impedir a reunião, como aconteceu em 26 de janeiro, quando o Conselho também se reuniu com a insistência de Washington para discutir a crise em particular, na Venezuela.
Nessa ocasião, a Rússia, a China, a África do Sul e a Guiné Equatorial opuseram-se ao pedido dos Estados Unidos para discutir a crise na Venezuela no Conselho composto por 15 países, enquanto a Costa do Marfim e a Indonésia se abstiveram. A reunião ocorreu de qualquer maneira porque nove países votaram a favor.
- EUA aumentam a pressão -Um diplomata do Conselho disse que os Estados Unidos tiveram novamente os nove votos necessários para realizar a reunião na terça-feira.
A chefe da política da ONU, Rosemary DiCarlo, informará o Conselho sobre a situação na Venezuela.
Enquanto isso, continuam as negociações sobre um projeto de resolução americana que apoiaria "o início imediato de um processo político que levaria a eleições livres, justas e confiáveis" na Venezuela, com a presença de observadores internacionais.
Mas possivelmente será vetado pela Rússia, que preparou seu próprio projeto de resolução denunciando as "tentativas de intervir" nos assuntos da Venezuela e expressa sua preocupação com as "ameaças do uso da força" contra o governo de Maduro. No entanto, ele não parece ter os nove votos necessários para aprová-lo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse no domingo estar "chocado" com a morte de civis na Venezuela e pediu "que façam o possível para evitar uma nova escalada".
A situação na Venezuela dividiu os Estados-membros da ONU, onde dezenas de países como Rússia, China, Irã, Coreia do Norte, Síria, Cuba, Nicarágua e Bolívia apóiam Maduro.
Dois projetos de resolução sobre a Venezuela apresentados no início de fevereiro, um dos Estados Unidos e outro da Rússia, aguardam debate no Conselho de Segurança da ONU.
O projeto dos Estados Unidos pede a facilitação da ajuda humanitária internacional e a organização de eleições presidenciais na Venezuela. O russo denuncia as ameaças de uso da força contra o governo Maduro, mas não tem os nove votos necessários para ser adotado.
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