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Organismo de direitos humanos da ONU enviará equipe à Venezuela

Missão preparará visita de Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos - residência da República do Chile
Missão preparará visita de Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Imagem: residência da República do Chile

Em Genebra

08/03/2019 06h42

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou nesta sexta-feira o envio de uma missão de cinco pessoas à Venezuela, para reunir-se com "vítimas de violações dos direitos humanos".

A "missão técnica preliminar", que acontecerá de 11 a 22 de março, está destinada a preparar uma eventual visita da alta comissária, a chilena Michelle Bachelet, que foi oficialmente convidada pelo governo venezuelano em novembro, informou o organismo em um comunicado.

O objetivo é garantir "que a alta comissária tenha acesso irrestrito a todas as pessoas e a todos os lugares que deseje visitar, com o objetivo de obter uma visão nítida da situação dos direitos humanos no país".

"Durante a visita, a equipe se reunirá com dirigentes governamentais, representantes da Assembleia Nacional, com organizações da sociedade civil e com vítimas de violações dos direitos humanos", afirma o comunicado.

A equipe da ONU viajará a Caracas e outras cidades de vários estados da Venezuela.

"Nos Estados em que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos não está presente é prática padrão enviar uma missão técnica preliminar e prévia à possível visita da alta comissária", explica o texto.

Esta semana, Bachelet afirmou em Genebra que a crise política, econômica e social na Venezuela é "exacerbada pelas sanções internacionais".

Vinte aos depois da chegada ao poder de Hugo Chávez, falecido em 2013, seu sucessor Nicolás Maduro enfrenta protestos liderados pelo presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, reconhecido como chefe de Estado interino por mais de 50 países.

Quase 2,7 milhões de venezuelanos fugiram de seu país desde o início da crise política e econômica em 2015, de acordo com números da ONU.

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AFP