Trump reconhece soberania de Israel nas Colinas de Golã
O presidente Donald Trump reconheceu oficialmente hoje a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, uma área fronteiriça tomada da Síria em 1967.
"Isso estava sendo preparado há muito tempo", afirmou Trump, ao lado do premiê Benjamin Netanyahu na Casa Branca.
O reconhecimento, por parte dos EUA, do controle de Israel sobre este território rompe décadas de consenso internacional.
Para Netanyahu, trata-se de um reconhecimento "histórico". Segundo ele, as colinas de Golã vão permanecer sob controle israelense. "Nunca renunciaremos a elas", frisou.
"Sua proclamação vem no momento em que Golã é mais importante do que nunca para nossa segurança", agradeceu a Trump.
Síria e Rússia reagiram. Enquanto Damasco acusou os Estados Unidos de atacarem sua soberania, Moscou disse temer "uma nova onda de tensões" no Oriente Médio.
No mesmo pronunciamento na Casa Branca, o presidente Trump disse também que os Estados Unidos "reconhecem o direito absoluto de Israel de se defender".
Trump classificou como um "ataque desprezível" o lançamento de um foguete da Faixa de Gaza. Nele, sete pessoas ficaram feridas perto de Tel Aviv, no domingo à noite. Em resposta, o Exército israelense lançou ataques na Faixa de Gaza.
De acordo com o premiê Netanayahu, os ataques militares contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza são uma represália contra a "agressão sem sentido".
"Enquanto falamos, Israel está respondendo energicamente a esta agressão sem sentido", disse Netanyahu durante a visita a Trump, referindo-se ao ataque com foguetes atribuído ao Hamas.
"Israel não vai tolerar isso. Não vou tolerar", disse Netanyahu.
A proximidade entre Trump e Netanyahu, muito parecidos no trato do poder, dos eleitores e da imprensa, ficou nítida nesta segunda. Até a roupa dois dois líderes era parecida.
"Israel nunca teve um melhor amigo como vocês", repetiu Netanyahu, que se apresenta como o homem mais bem preparado para gerir as relações com os Estados Unidos e seu impetuoso presidente.
Em contrapartida, nenhuma palavra foi dita sobre o plano de paz entre Israel e palestinos preparado há dois anos pela Casa Branca, que deverá apresentá-lo nas semanas seguintes às eleições de 9 de abril.
Apenas o vice-presidente americano, Mike Pence, fez uma vaga referência à questão, durante a conferência anual da American Israel Public Affairs Committee (Aipac), poderoso lobby pró-israelense.
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