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China pede para que as pessoas não se deixem enfeitiçar pelo Dalai Lama

27/03/2019 09h01

Pequim, 27 Mar 2019 (AFP) - A China afirmou nesta quarta-feira que o Tibete experimentou um grande período de desenvolvimento desde que o Dalai Lama fugiu, há 60 anos, e pediu à comunidade internacional que não se deixe "enfeitiçar" pelo líder religioso.

"Os países que nos atacam na questão dos direitos humanos não conhecem a situação (no Tibete), ou acreditam nos rumores dos grupos separatistas como os do Dalai Lama, ou são enfeitiçados por eles", afirmou Norbu Dondrup, vice-presidente da região autônoma do Tibete.

O dirigente, que é tibetano e membro do Partido Comunista Chinês, falou durante a apresentação em Pequim de um relatório oficial sobre o que as autoridades chamam de "reforma democrática" do Tibete nos últimos 60 anos.

Norbu Dondrup defendeu a tomada do território pela China, assegurando que o regime anterior era "mais sombrio e atrasado que a Idade Média europeia" e que 95% da população era de "servos".

Em 1951, o exército chinês assumiu o controle desse território do Himalaia, após quatro décadas de independência de fato após a queda do império chinês.

Em 1959, a China pôs fim ao regime teocrático do Dalai Lama, o líder religioso budista que mais tarde fugiu para a Índia.

Desde então, as autoridades chinesas dizem que investiram muito na região para modernizá-la e melhorar o padrão de vida dos habitantes.

No entanto, as organizações de defesa dos direitos humanos e o governo tibetano exilado acusam Pequim de reprimir a religião, a cultura e qualquer tentativa de separatismo.

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