Canadá busca mediação de Cuba para saída da crise na Venezuela
A chanceler do Canadá, Chrystia Freeland, se reuniu nesta quinta-feira em Havana com seu colega cubano, Bruno Rodriguez, para discutir uma solução para a crise na Venezuela e defender os interesses das empresas canadenses na ilha, sob a ameaça de uma lei americana.
Após a reunião, o ministro das Relações Exteriores do país anfitrião, aliado do governo de Nicolás Maduro, escreveu no Twitter: "Cuba ratifica sua disposição de contribuir com iniciativas que promovam diálogo respeitoso com o governo venezuelano com base na igualdade soberana dos Estados, nos princípios do direito internacional e nos postulados da Proclamação da América Latina e do Caribe como zona de paz".
Segundo a chancelaria cubana, Rodríguez deixou claro que seu país "rejeita o uso ou a ameaça do uso da força, e a aplicação de medidas econômicas coercitivas unilaterais que provoquem danos humanitários".
Os Estados Unidos aplicam um cerco diplomático e econômico ao governo Maduro para obrigá-lo a deixar o poder, e não descartam o uso da força para esse fim.
No que se refere à agenda econômica, a ministra Freeland disse que espera trabalhar com Cuba "na defesa dos canadenses que realizam negócios e investimentos legítimos" no país, após a ativação recente de uma lei americana que estava congelada desde 1996.
"Agradeci por seu país se opôr à Lei Helms-Burton", comentou o chanceler cubano.
Desde a vigência, em maio, do capítulo III da Lei Helms-Burton, que permite processar em tribunais americanos empresas estrangeiras que administrem bens confiscados pela revolução de 1959, um grande número de empresas europeias e canadenses com investimentos em Cuba têm estado sob risco de processo.
Apesar das convergências, o chanceler de Cuba disse que transmitiu a Freeland sua "insatisfação pela decisão de suspender o outorgamento de vistos cubanos" na embaixada do Canadá em Havana.
Desde 8 de maio, a delegação deixou de emitir vistos para cubanos, em linha com a redução de seu pessoal diplomático em Havana. Agora, as solicitações deverão ser feitas na embaixada canadense em um terceiro país.
O governo de Ottawa retirou em janeiro de 2019 a metade do pessoal de sua embaixada em Cuba, devido a supostos "ataques acústicos", algo que a chancelaria cubana nega.
Washington tomado uma medida similar em 2017, quando deixou sua embaixada funcionando ao mínimo, depois de denunciar incidentes similares.
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