Professores e estudantes marcham contra Piñera no Chile
Santiago, 6 Jun 2019 (AFP) - Milhares de estudantes e professores marcharam nesta quinta-feira (6) em Santiago em repúdio às políticas educacionais do governo de Sebastián Piñera e em busca de melhores condições trabalhistas para professores de escolas públicas.
No âmbito de uma greve indefinida de professores iniciada na segunda-feira, milhares de estudantes secundários e universitários se uniram à manifestação dos docentes, levantando suas próprias queixas contra o que consideram uma "criminalização" das políticas educacionais.
A marcha começou na praça Itália e avançou pela avenida Alameda, em meio a canções e batucadas que aumentaram à medida em que passavam em frente ao palácio presidencial de La Moneda.
"Piñera, entenda, a educação não se vende, se defende!", gritavam os alunos do segundo grau, que participaram cedo da manifestação que teve uma das maiores chamadas do ano, que segundo o sindicato dos professores contou com cerca de 50.000 pessoas.
Os professores demandam melhores condições de trabalho e criticam as modificações no currículo do ensino médio, que busca tornar eletivas matérias como história, educação física e artes nos últimos dois anos de estudos.
Eles também se queixam da situação precária da infraestrutura das escolas e das más condições em que trabalham.
Os alunos criticam, por sua vez, o plano "Sala de Aula Segura", recentemente implementado pelo governo e que permite a imediata expulsão de alunos que comentam crimes na escola.
Em 2011, estudantes chilenos foram às ruas para exigir mudanças no sistema educacional herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
A ex-presidente Michelle Bachelet (2014-2018) empreendeu uma profunda reforma com a qual buscou uma educação universitária e escolar gratuita e de qualidade, além de eliminar a seleção na entrada de alunos nas escolas públicas.
pa/msa/gma/ll/mvv
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