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Hobby de Boris Johnson, favorito para premiê, surpreende os britânicos

Boris Johnson lidera a corrida pelo governo britânico - EPA
Boris Johnson lidera a corrida pelo governo britânico Imagem: EPA

Em Londres

26/06/2019 11h06

O ex-primeiro-ministro britânico David Cameron apreciava tênis, Theresa May gostava de cozinhar, e Boris Johnson, favorito para suceder à ex-premiê em Downing Street, conta que gosta de passar o tempo... pintando ônibus em velhas caixas de madeira.

"Faço maquetes de ônibus... Não, não faço maquetes. Procuro caixas velhas de madeira e pinto", respondeu Johnson, de 55 anos, um dos dois candidatos para ocupar a liderança do Partido Conservador, a uma repórter da Talkradio que o perguntou sobre seus hobbies.

"São caixas velhas (...) que devem ter servido para guardar garrafas de vinho, porque têm uma divisão, e eu as transformo em ônibus e ponho passageiros", descreveu.

"Pinto passageiros que ficam bem em um ônibus magnífico, com baixa emissão de carbono, como os que pusemos nas ruas de Londres", frisou o chanceler e ex-prefeito da capital britânica.

Sua resposta deixou os britânicos perplexos.

"É realmente esquisito. Perguntam a Boris Johnson, provavelmente o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, do que ele gosta de fazer em seu tempo livre, para relaxar. E reparem no que eu digo... é tão estranho que é fascinante", tuitou Brian Klaas, professor de Política na universidade UCL.

Na opinião do escritor inglês Simon Blackwell, essas declarações significam, sobretudo: "Posso literalmente dizer qualquer m... incrível e ainda assim me tornar primeiro-ministro".

Alguns questionaram a veracidade das palavras de Johnson, mas a feminista Nimko Ali, amiga da namorada do ex-chanceler, Carrie Symonds, de 31 anos, garantiu à emissora Channel4 "ter visto isso do que ele está falando".

Esta não é, porém, a única ligação de Johnson com os ônibus.

Durante o referendo de 2016, fez campanha a favor do Brexit, percorrendo o país em um ônibus, que tinha a seguinte frase inscrita: "Enviamos para a UE 350 milhões de libras por semana". A afirmação foi denunciada depois como mentirosa, porque não inclui uma devolução orçamentária e outros reembolsos de Bruxelas.

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