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Catedral de Notre-Dame ainda corre risco de colapso, alerta governo francês

Catedral de Notre-Dame passa por obras - Stephane de Sakutin/Pool/AFP
Catedral de Notre-Dame passa por obras Imagem: Stephane de Sakutin/Pool/AFP

Em Paris

14/08/2019 08h38

A catedral de Notre-Dame de Paris, que sofreu um incêndio em abril, registrou quedas de pedras durante a recente onda de calor que afetou a França e continua correndo o risco de desabamento, advertiu hoje o governo francês.

O ministério da Cultura da França destacou a necessidade urgente de retomar as obras para consolidar a estrutura da catedral, que foram suspensas em 25 de julho pelo temor sobre a exposição dos trabalhadores a resíduos de chumbo.

"Recentemente aconteceram novas quedas de pedras das abóbadas da nave após a onda de calor do fim de julho", afirmou o ministério da Cultura.

As obras, que deveriam ser retomadas na próxima semana, recomeçarão em 19 agosto, se ficar assegurado que "os requisitos de segurança serão cumpridos", afirmaram as autoridades locais na semana passada.

"As recomendações da inspeção de trabalho já foram em grande parte levadas em consideração e serão aplicadas durante todo o processo de restauração", respondeu nesta quarta-feira o ministério da Cultura.

O ministério também justificou o ritmo de trabalho das obras iniciadas em 16 de abril, um dia depois do incêndio, determinado pela "urgência" do risco persistente de colapso da catedral, que teve sua construção iniciada no século XII.

O incêndio na igreja em 15 de abril fez com que várias toneladas de chumbo contidas na torre e no teto do edifício se fundissem e dispersassem na forma de partículas na atmosfera.

As autoridades iniciaram na terça-feira os trabalhos de limpeza do chumbo dos arredores de Notre-Dame de Paris, uma medida adotada de maneira tardia segundo os críticos.

Duas escolas próximas à catedral foram fechadas depois que foram detectados níveis perigosos de chumbo. Os estabelecimentos recebiam 180 crianças para cursos de verão.

As autoridades da área de Saúde recomendam que as pessoas expostas a mais de 70 microgramas, um nível superado em parte do centro de Paris, façam exames de sangue.