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Itália exige 'respeito' dos países da UE em reabertura das fronteiras

O chanceler Luigi Di Maio - Gianni Cipriano/The New York Times
O chanceler Luigi Di Maio Imagem: Gianni Cipriano/The New York Times

Em Roma (Itália)

30/05/2020 14h38

A Itália exigiu "respeito" dos demais países europeus em relação à reabertura de suas fronteiras, dentro do levantamento das medidas contra a pandemia do novo coronavírus, segundo uma declaração do chanceler Luigi Di Maio.

"Ouvi falarem muito da Itália nestes dias. Agora não é o momento de polêmica, exigimos respeito. Se alguém imagina que pode nos tratar como leprosos, saiba que reagiremos", advertiu Di Maio no Facebook.

Afetada em cheio pela doença, com mais de 33 mil mortos em três meses, a Itália, que parece ter controlado a epidemia, está relaxando o confinamento gradualmente desde o começo do mês e se prepara para reabrir as fronteiras em 3 de junho.

O país defende a retomada coordenada dos deslocamentos dentro da Europa a partir de 15 de junho, o que implicaria uma recuperação, em escala continental, do turismo, setor-chave para a economia italiana. Mas vários países vizinhos se negam a reabrir suas fronteiras terrestres com a Itália nessa data, o que Roma vê como uma forma indireta de impedir que os turistas cheguem à península.

Este é o caso da Áustria e Suíça. "A Itália continua sendo um ponto crítico do novo coronavírus, embora a situação tenha melhorado em algumas regiões", declarou esta semana o ministro austríaco da Saúde, Rudolf Anschober (Verdes). Sobre a reabertura das fronteiras, advertiu: "Precisamos de uma resposta europeia conjunta, porque se agirmos de forma diferente e desordenada, o espírito da UE se perde e a Europa desmorona."