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Trump ataca os "estúpidos" críticos de seu partido e pede unidade

Donald Trump atacou o que chamou de críticos "estúpidos" procedentes de seu próprio partido e pediu unidade  - WIN MCNAMEE/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
Donald Trump atacou o que chamou de críticos "estúpidos" procedentes de seu próprio partido e pediu unidade Imagem: WIN MCNAMEE/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP

Em Carson City (EUA)

19/10/2020 06h09

Donald Trump atacou o que chamou de críticos "estúpidos" procedentes de seu próprio partido e pediu unidade no domingo, depois de observar o aumento do temor entre os republicanos e as advertências de que podem enfrentar "um banho de sangue" nas eleições de 3 de novembro.

Tanto o presidente democrata como seu rival democrata, Joe Biden, fizeram campanha em vários estados cruciais na reta final de uma eleição em que as pesquisas mostram Trump em grande desvantagem.

Durante um comício em Nevada, o presidente atacou Biden e elogiou as políticas econômicas de seu mandato, além de ter comentado a pressão da água dos chuveiros e a camisa do comissário da Liga Nacional de Futebol Americano.

Mas também teve tempo para falar sobre o senador republicano Ben Sasse, de Nebraska, que recentemente afirmou que Trump enaltece ditadores, maltrata as mulheres e usa a Casa Branca como negócio.

Outros republicanos foram enfáticos também ao advertir sobre uma possível derrota nas urnas, como o senador Ted Cruz, que disse que no dia da eleição pode acontecer um "banho de sangue".

"Temos algumas pessoas estúpidas", declarou Trump durante o comício em Carson City, capital de Nevada.

"Temos este cara Sasse, vocês conhecem, que quer fazer uma declaração... Os republicanos devem permanecer mais unidos", completou.

Em plena luta para recuperar o terreno perdido, Trump iniciou uma corrida frenética por vários estados, que o legou no domingo de Nevada a Califórnia, para depois retornar e prosseguir com mais atos de arrecadação de fundos, antes de seguir para o Arizona na segunda-feira.

Pouco religioso, o presidente compareceu na manhã de domingo a um culto em uma igreja evangélica de Las Vegas. Os participantes rezaram por ele e Trump depositou várias notas de 20 dólares na cesta de doações, segundo um dos fotógrafos.

Biden, um católico praticante, compareceu à missa ao lado da esposa na região de Wilmington, Delaware, antes de rezar diante do túmulo de seu filho Beau, que morreu em 2015 vítima de um tumor cerebral.

Com uma campanha limitada pela preocupação com a pandemia de covid-19, Biden, de 77 anos, retornou em seguida a Carolina do Norte para alguns eventos.

Em Durham, o ex-vice-presidente democrata, sempre de máscara, discursou em um estacionamento para seguidores que o esperavam em seus carros.

"Escolhemos a esperança ao medo, escolhemos a unidade à divisão, a ciência antes da ficção e, sim, escolhemos a verdade sobre as mentiras", afirmou.

O tradicional debate final entre os candidatos na televisão acontecerá na próxima quinta-feira em Nashville, Tennessee.

O primeiro encontro foi marcado por uma série caótica de interrupções de Trump, réplicas irritadas, enquanto o segundo foi substituído por duas entrevistas realizadas por cidadãos em programas separados, depois que Trump se recusou a debater virtualmente após o contágio pela covid-19.

O debate final acontecerá frente a frente.