OMS lança pedido urgente de R$ 37 milhões para Territórios Palestinos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou nesta quinta-feira (20) que US$ 7 milhões (cerca de R$ 37 milhões) serão necessários ao longo de seis meses para responder ao agravamento da crise de saúde na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, submetida a intensos bombardeios israelenses.
Em um "apelo de emergência", o escritório da OMS para o Mediterrâneo Oriental estima que as necessidades "para uma resposta completa" sejam de US$ 7 milhões nos próximos seis meses, para financiar, em particular, o envio de suprimentos médicos essenciais para os Territórios Palestinos.
Desde o início, há quase duas semanas, da escalada de violência entre Israel e palestinos, pelo menos 240 pessoas perderam a vida, a grande maioria palestinos, e outros milhares ficaram feridos.
Segundo a OMS, é urgente o envio aos Territórios Palestinos de material para cirurgias de traumatologia, assim como para combater a pandemia da covid-19.
A organização internacional também recomenda "a formação de pessoal médico" para atender ao grande número de feridos, ajuda ao setor de saúde mental e o envio de pessoal especializado.
Há dez dias, em resposta aos disparos de foguetes do Hamas, o movimento no poder na Faixa de Gaza, o Exército israelense tem bombardeado este enclave palestino sob bloqueio há quase 15 anos. Na Cisjordânia ocupada, os confrontos também aumentaram entre jovens palestinos e forças israelenses.
A organização ressalta que "42 trabalhadores de saúde ficaram feridos, e 24 hospitais, ou centros de saúde, foram danificados".
Em Gaza, o único laboratório que realizava testes para a covid-19 foi atingido na segunda-feira (17) por um ataque israelense.
De acordo com o Ministério da Saúde, os bombardeios em curso atualmente não permitem que suas equipes acompanhem as pessoas infectadas pelo coronavírus, ou que deem continuidade à campanha de vacinação anti-covid.
Antes da escalada militar, as autoridades de Gaza realizavam uma média de cerca de 1.600 testes de covid-19 por dia, com uma das taxas de positividade mais altas do mundo (28%), e as unidades de tratamento em hospitais já estavam sobrecarregadas com o número de pacientes.
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