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Reino Unido não registra mortes por covid em 24 horas pela 1ª vez desde julho

Profissionais da saúde transportam paciente no Hospital Real de Londres em janeiro, durante segunda onda de covid-19 que afetou o país - Reuters
Profissionais da saúde transportam paciente no Hospital Real de Londres em janeiro, durante segunda onda de covid-19 que afetou o país Imagem: Reuters

De Londres

01/06/2021 14h49

Os serviços de saúde britânicos não registraram hoje nenhuma morte por coronavírus nas últimas 24 horas, pela primeira vez desde 30 de julho de 2020, apesar da preocupação no Reino Unido com o aumento de casos da variante Delta.

Embora os números no início da semana — ontem foi feriado no Reino Unido — costumem ser muito baixos por um atraso nos registros, esta redução das mortes é uma boa notícia para o país da Europa mais castigado pela pandemia, com quase 127.782 mortes.

A melhora é o resultado de uma campanha de vacinação em massa lançada em 8 de dezembro que permitiu administrar uma primeira dose em mais de 39 milhões de pessoas (74,9% da população adulta) e uma segunda em mais de 25 milhões (48,9%).

Apesar de tudo, o país contabilizou nesta terça-feira 3.165 casos adicionais, o que leva o total a quase 4,5 milhões e indica um aumento dos casos em comparação com as últimas semanas.

Depois de um longo e rígido terceiro confinamento no inverno (boreal), o Reino Unido está levantando progressivamente as restrições. No entanto, a última etapa dessa desescalada, prevista para 21 de junho, está ameaçada pelo auge da variante do coronavírus detectada originalmente na Índia e denominada pela OMS como Delta.

Nos últimos dias, os especialistas alertaram sobre o risco de uma terceira onda de infecções, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson.

"Continuaremos avaliando e vigiando os dados diariamente", prometeu seu porta-voz nesta terça-feira.

Segundo os últimos dados publicados na sexta-feira pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS), a taxa de infecção continua "baixa" no país, apesar dos sinais de aumento.

Na Inglaterra, a ONS estimou que em 22 de maio 48.500 pessoas estavam infectadas com o vírus, ou seja, uma em cada 1.120.