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'Vitória da ciência', diz Butantan após chancela da OMS à CoronaVac

Do UOL, em São Paulo

01/06/2021 14h19Atualizada em 01/06/2021 19h40

O Instituto Butantan comemorou, por meio de uma nota oficial, a aprovação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o uso emergencial em pessoas acima de 18 anos da CoronaVac, vacina produzida no Brasil pela instituição em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Segundo a nota, a chancela da OMS é "uma vitória da ciência" e "coroa de forma histórica os esforços do Butantan a serviço da vida". O instituto, que é ligado ao Governo de São Paulo, disse que recebeu com "satisfação e entusiasmo" a notícia da aprovação.

O Butantan se orgulha de ter contribuído para mais essa conquista, uma vez que a OMS considerou, para sua decisão, os dados de eficácia da vacina produzidos a partir de pesquisa clínica de fase 3 com 12,5 mil voluntários realizada no Brasil sob a coordenação do instituto entre julho e dezembro de 2020.
Instituto Butantan

Com o anúncio, a CoronaVac poderá ser usada por todos os instrumentos internacionais, como a Covax. A chancela da OMS também facilita a chegada da vacina a outros países. "Isso permite que países acelerem sua própria aprovação regulatória para importar e administrar vacinas contra a covid-19", diz a entidade.

A previsão original da OMS era de que o processo de revisão da CoronaVac fosse concluído em abril. Mas os técnicos da agência pediram mais informações no caso do imunizante usado no Brasil, o que acabou arrastando o processo por várias semanas.

Hoje, uma reunião técnica decidiu pela aprovação do uso emergencial da CoronaVac. A avaliação foi feita por um grupo composto por especialistas em regulação do mundo e por um Grupo de Aconselhamento Técnico.

A OMS recomendou a vacina para uso emergencial em adultos de 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses com um espaçamento de duas a quatro semanas.

Além da CoronaVac, a OMS já liberou as seguintes vacinas para este mesmo uso: Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Janssen, Moderna e Sinopharm.

No Brasil, a CoronaVac teve o uso emergencial aprovado em janeiro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e foi a primeira a ser aplicada contra a covid-19. Além da vacina produzida pelo Butantan, o país aplica neste momento os imunizantes da AstraZeneca — produzido pela Fiocruz - e da Pfizer.