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Nove pessoas são detidas por suspeita de planejar atentado em Hong Kong

6.jul.2021 - Itens apreendidos são vistos em exposição na sede da polícia de Hong Kong depois que nove pessoas foram presas sob acusações de terrorismo por supostamente tentarem fabricar um poderoso explosivo - Peter Parks/AFP
6.jul.2021 - Itens apreendidos são vistos em exposição na sede da polícia de Hong Kong depois que nove pessoas foram presas sob acusações de terrorismo por supostamente tentarem fabricar um poderoso explosivo Imagem: Peter Parks/AFP

06/07/2021 07h23

Nove pessoas, seis delas estudantes do ensino médio, foram presas em Hong Kong - informou a polícia, acrescentando que o grupo é suspeito de querer fabricar uma bomba e cometer um atentado.

Cinco mulheres e quatro homens com idades entre 15 e 39 anos foram detidos ontem por "complô para usar explosivos com fins terroristas", afirmou a polícia.

"A operação que realizamos ontem (segunda-feira) tinha como alvo gângsteres que tentaram fabricar uma bomba em um laboratório dentro de uma casa", disse Steve Li, chefe de uma nova unidade da polícia encarregada da aplicação da polêmica lei de segurança nacional.

De acordo com essas fontes, para fabricar a bomba, a substância usada seria o TATP, ou peróxido de acetona, um potente explosivo.

A polícia disse que os nove presos pertenciam a um pequeno grupo separatista. Além dos seis estudantes, três adultos foram detidos. Um é motorista, e os outros dois trabalham em centros educacionais.

Segundo Li, o objetivo era cometer um atentado contra locais públicos. Os alvos potenciais eram um dos túneis que unem Hong Kong ao restante do território, as vias de trem, ou os tribunais.

O plano dos suspeitos era "causar o maior dano possível", insistiu o oficial.

A polícia apreendeu pequenas quantidades de material explosivo, telefones celulares, cartões de memória, um manual de como plantar bombas e sair rapidamente da cidade e mais de US$ 10.000 em dinheiro.

Em 2019, Hong Kong foi palco de multitudinárias manifestações pró-democracia duramente reprimidas pelas autoridades pró-chinesas locais.

Desde então, as restrições aumentaram nesta ex-colônia britânica, principalmente no âmbito da Lei de Segurança Nacional, que proíbe qualquer forma de dissidência.