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Israel declara "ilegais" seis ONGs classificadas como "terroristas"

Assentamento israelense na Cisjordânia - AFP
Assentamento israelense na Cisjordânia Imagem: AFP

Jerusalém

07/11/2021 14h42

O exército israelense assinou neste domingo (7) uma série de decretos classificando como "ilegais" seis ONGs palestinas na Cisjordânia ocupada, já incluídas recentemente em sua lista de "grupos terroristas".

Em 22 de outubro, o Ministério da Defesa colocou as seis ONGs palestinas, algumas atuam na defesa dos direitos humanos e dos prisioneiros, em sua lista negra por supostos vínculos com a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), grupo marxista considerado "terrorista" pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

ONGs israelenses, a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch lamentaram o anúncio devido às possíveis consequências para as finanças e deslocamento das ONGs.

No domingo, o comandante Yehuda Fox, chefe do exército israelense na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, declarou essas organizações "ilegais", pois "fazem parte" da FPLP, e "colocam em risco a segurança do Estado de Israel."

O serviço secreto israelense para o interior, o Shin Beth, acusou em maio essas organizações de desviar fundos de "vários países europeus" para a FPLP.

Mas um relatório de 74 páginas de Shin Beth, ao qual a AFP teve acesso neste fim de semana, apenas indica elementos para vincular a PFLP a essas seis ONGs.

O relatório é baseado em depoimentos de Said Abedat, um "membro ativo" da FPLP que teria sido demitido por desvio de fundos.

Abedat afirma que os funcionários dessas ONGs são, em sua maioria, agentes da FPLP. Mas no dossiê não apresenta um contraditório para o testemunho desse homem.