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EUA e Reino Unido impõem sanções à Nicarágua após 'farsa' eleitoral

22 out. 2021 - Camiseta com a imagem do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em rua de Manágua, capital do país - Maynor Valenzuela/Reuters
22 out. 2021 - Camiseta com a imagem do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em rua de Manágua, capital do país Imagem: Maynor Valenzuela/Reuters

15/11/2021 15h59

Londres, 15 Nov 2021 (AFP) — Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram, nesta segunda-feira (15), mais sanções contra a Nicarágua, em resposta "à farsa das eleições nacionais" que reelegeram em 7 de novembro Daniel Ortega como presidente.

O Departamento de Tesouro americano impôs sanções ao Ministério Público da Nicarágua e a nove altos funcionários do governo, entre eles o vice-ministro das Finanças, José Adrián Chavarria Montenegro; o ministro de Minas e Energia, Salvador Mansell Castrillo; e vários prefeitos.

As medidas punitivas implicam no bloqueio de todas as propriedades e possíveis bens dessas pessoas nos Estados Unidos.

Os EUA acusam o Ministério Público nicaraguense de ter "prendido e investigado injustamente candidatos presidenciais e os impedido de concorrer a cargos públicos, minando a democracia na Nicarágua".

O presidente americano Joe Biden chamou as eleições de uma "farsa", na qual Ortega venceu pelo quarto mandato consecutivo, junto com sua esposa Rosario Murillo como vice-presidente, sem opositores relevantes.

O Reino Unido, por sua vez, coordenado com os Estados Unidos, sancionou oito altos funcionários nicaraguenses, incluindo Murillo, "por seu envolvimento na repressão às manifestações", e magistrados do alto escalão, como o presidente do Supremo Tribunal.

O presidente da Assembleia Nacional e oficiais da polícia também figuram na lista.

"O regime de Ortega está negando ao povo da Nicarágua seus direitos humanos básicos", disse Wendy Morton, secretária de Estado do Reino Unido para a Europa e as Américas.

As sanções incluem a proibição de viagens e o congelamento de bens contra aqueles que, segundo Londres, são "responsáveis por comprometer os princípios e instituições democráticas da Nicarágua", por "graves violações dos direitos humanos e pela repressão da sociedade civil".

Os Estados Unidos e o Reino Unido estão trabalhando em ações coordenadas relativas à situação nicaraguense também com o Canadá e a União Europeia.