Ômicron já foi detectada em seis países das Américas, diz Opas
Washington, 9 dez 2021 (AFP) - A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou nesta quarta-feira (8) que a variante ômicron do coronavírus já foi detectada em seis países das Américas e pediu que as pessoas se vacinassem e redobrassem os cuidados para evitar novas infecções.
Argentina, Brasil, Canadá, Chile, México e Estados Unidos relataram casos da nova cepa, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma entrevista coletiva, alertando que é apenas uma "questão de tempo" antes que ela circule em outros países.
"A chegada de uma nova variante não significa necessariamente que as coisas vão piorar, mas significa que devemos estar mais vigilantes", explicou.
Dados preliminares indicam que a ômicron, detectada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro, pode reinfectar com mais facilidade pessoas que já tiveram covid-19 ou foram vacinadas do que as variantes anteriores, mas também pode causar uma doença mais leves, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Etienne frisou que a delta continua sendo a variante predominante no mundo, mas alertou que todas podem causar doenças graves ou morte e pediu o redobramento dos cuidados com prevenção, principalmente durante o período de festas no fim de ano.
Os casos de covid-19 aumentaram na semana passada no Canadá e em partes do México, como Baja California, bem como no Panamá, Trinidad e Tobago e outras pequenas ilhas do Caribe. Na América do Sul, Bolívia, Peru e Colômbia continuam experimentando um aumento constante de infecções.
Diante desse cenário, Etienne pediu a aceleração dos esforços de vacinação na região, onde 20 países ainda não atingiram a meta traçada pela OMS de imunizar 40% da população até o final do ano.
De acordo com a Opas, no ritmo atual, até seis países - Haiti, Jamaica, São Vicente e Granadinas, Guatemala, Santa Lúcia e Granada - podem ficar para trás.
"A situação mais preocupante é no Haiti", afirmou o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, lamentando a "baixíssima cobertura vacinal" devido à crise política e ao terremoto que atingiu este ano este país caribenho, o mais pobre das Américas.
A Opas insistiu que os grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com comorbidades e povos indígenas, deveriam ser uma prioridade nas campanhas de vacinação para evitar mortes e o colapso dos sistemas de saúde.
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