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Papa Francisco pede diálogo no Natal e lamenta tragédias 'esquecidas'

O papa Francisco durante sua tradicional mensagem de Natal, na Cidade do Vaticano - REUTERS/Yara Nardi
O papa Francisco durante sua tradicional mensagem de Natal, na Cidade do Vaticano Imagem: REUTERS/Yara Nardi

25/12/2021 11h37

O papa Francisco pediu neste sábado (25) um "diálogo" em meio à tendência de fechar-se durante a pandemia de coronavírus, em sua tradicional mensagem de Natal, durante a qual também recordou os conflitos "esquecidos", como os da Síria e do Iêmen.

"Nesta época de pandemia (...) a nossa capacidade de relacionamento social é colocada à prova, se reforça a tendência ao fechamento, de fazer tudo sozinhos, de parar de se esforçar para encontrar os outros e fazer coisas juntos", afirmou o pontífice durante a mensagem 'Urbi et Orbi' (para a cidade e para o mundo) na praça de São Pedro do Vaticano, fazendo um apelo ao "diálogo" diante dos fiéis reunidos sob a chuva.

Como é tradicional, o papa recordou as áreas do planeta afetadas por conflitos como Ucrânia, Afeganistão, Iraque, Mianmar, Etiópia, Sudão e a região do Saara, ao mesmo tempo que abordou as consequências econômicas e sociais da crise de saúde, que afeta o Natal pelo segundo ano consecutivo.

"No mundo inteiro ainda observamos muitos conflitos, crises e contradições. Parece que não terminam nunca e quase passam despercebidos porque nos habituamos de tal maneira que corremos o risco de não ouvir os gritos de dor e desespero de muitos de nossos irmãos e irmãs", lamentou o papa.

Francisco, 85, destacou as "imensas tragédias" que estão "esquecidas" na Síria e no Iêmen, países envolvidos em conflitos que "provocaram muitas vítimas e um número incalculável de refugiados".

"Escutamos o grito das crianças do Iêmen, onde uma enorme tragédia, esquecida por todos, acontece em silêncio há vários anos, provocando mortes a cada dia", afirmou.

Também pediu que não se permita "a propagação na Ucrânia da metástase de um conflito gangrenoso", consequência das tensões entre Kiev e Moscou, que provocam o temor de uma escalada militar.