Israel recebe primeira remessa de pílulas contra a covid
Israel, um pioneiro na vacinação contra a covid-19, recebeu nesta quinta-feira (30) seu primeiro lote de pílulas da Pfizer contra o coronavírus, além de aprovar uma quarta dose da vacina para imunossuprimidos.
O remédio "nos ajudará a atravessar o próximo pico da onda da ômicron", disse o primeiro-ministro Naftali Bennett, após a chegada da carga no aeroporto de Tel Aviv.
Procurado pela AFP, o Ministério da Saúde não informou a quantidade de comprimidos recebidos.
Na semana passada, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou o tratamento, comercializado sob o nome de Paxlovid, pelo laboratório americano Pfizer.
A pílula permite uma redução de hospitalizações e mortes em 88% em grupos de risco quando tomada nos primeiros cinco dias após o aparecimento dos sintomas, de acordo com ensaios clínicos que incluíram mais de 2.200 pessoas.
"É um elemento-chave, junto com a vacina e a máscara, na estratégia para conter a nova onda devido à ômicron", afirmou à AFP Ran Balicer, chefe de inovação do fundo israelense de seguros de saúde Clalit.
Para ele, o tratamento da Pfizer pode salvar as pessoas com maior risco de desenvolver sintomas graves do vírus e reduzir a pressão sobre os hospitais.
As autoridades israelenses registraram quase 4.000 novos casos de covid-19 na quarta-feira, um recorde desde setembro, mas até agora não houve aumento acentuado nas internações.
O primeiro-ministro disse na semana passada que todos os israelenses acima dos 60 anos e os profissionais de saúde teriam direito a uma quarta dose da vacina. A decisão ainda não foi aprovada pelo Ministério da Saúde.
O diretor da pasta, Nachman Ash, autorizou nesta quinta-feira uma quarta dose para algumas pessoas imunossuprimidas.
Cerca de 4,2 milhões dos 9,3 milhões de residentes de Israel, ou seja, mais da metade dos adultos, receberam três doses da vacina contra o coronavírus.
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