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Macron propõe 'nova ordem de segurança' na Europa junto à Otan contra a Rússia

O presidente da França, Emmanuel Macron, durante entrevista coletiva - Michel Euler/AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron, durante entrevista coletiva Imagem: Michel Euler/AFP

19/01/2022 10h06Atualizada em 19/01/2022 10h32

Estrasburgo, França, 19 Jan 2022 (AFP) - O presidente da França, Emmanuel Macron, formulou nesta quarta-feira (19) ao Parlamento Europeu um apelo para criar uma "nova ordem de segurança" compartilhada com a Otan e contra a Rússia e pediu um "diálogo franco" com o governo russo.

"Nas próximas semanas devemos tornar realidade uma proposta europeia que construa uma nova ordem de segurança e estabilidade. Devemos construi-la entre europeus, depois compartilhar com nossos aliados no marco da Otan; depois, propor à negociação com a Rússia", expressou o presidente.

Em seu discurso à sessão plenária do Parlamento Europeu, Macron afirmou que "a segurança do nosso continente exige um rearmamento estratégico da nossa Europa como potência de paz e equilíbrio, particularmente no diálogo com a Rússia".

Na sua visão, o diálogo com a Rússia "não é uma opção".

"Não é uma opção. (...) Pela segurança do nosso continente, precisamos desse diálogo. E nós europeus devemos apresentar nossas próprias exigências e ter a capacidade de fazer com que sejam respeitadas", disse.

Portanto, pediu com a Rússia "um diálogo franco, exigente, diante da desestabilização, das interferências, das manipulações".

A tensão elevada na fronteira entre Rússia e Ucrânia acendeu todos os sinais de alarme nas capitais europeias.

A França integra junto à Alemanha, Rússia e Ucrânia o chamado "Quarteto de Normandia", que busca acabar definitivamente com as tensões entre Ucrânia e Rússia e aplicar o Protocolo de Minsk, de 2014.

Nesse quarteto, disse, a França continuará buscando "uma saída política para o conflito da Ucrânia, que continua sendo a origem das tensões atuais".

Para acabar com essas tensões, a Rússia exige um acordo que feche as portas para a expansão da Otan em direção à fronteira russa e um veto à eventual incorporação da Ucrânia a essa aliança militar.

Os países aliados da Otan consideram essas exigências inaceitáveis.