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OTAN e EUA fazem ajustes finais na resposta para demandas da Rússia

Operação terrestre de soldados da Otan nas proximidades da Crimeia, na Ucrânia - StringerTASS via Getty Images
Operação terrestre de soldados da Otan nas proximidades da Crimeia, na Ucrânia Imagem: StringerTASS via Getty Images

AFP, Bruxelas

26/01/2022 10h00Atualizada em 26/01/2022 10h00

A resposta por escrito da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e dos Estados Unidos às demandas de segurança apresentadas pela Rússia será enviada até o final desta semana, informaram hoje diferentes fontes diplomáticas da Aliança Atlântica.

Esta resposta está sendo "finalizada", disseram as fontes consultadas pela AFP.

"Muitas das demandas russas são inaceitáveis, ou pouco realistas, mas a resposta identifica uma série de áreas, nas quais é possível trabalhar em suas preocupações", afirmou uma autoridade europeia.

"A pergunta agora é: é isso que os russos estão esperando?", acrescentou.

Em meados de dezembro passado, a Rússia apresentou duas propostas de tratados para limitar drasticamente a influência americana e da OTAN nas proximidades de suas fronteiras.

Os Estados Unidos responderam que estavam prontos para discutir a questão, em consulta com os europeus.

A Rússia exige um compromisso por escrito sobre a não ampliação da OTAN para Ucrânia e Geórgia, além da retirada de forças e armamentos da aliança militar dos países do Leste Europeu que aderiram à OTAN depois de 1997.

Os países ocidentais consideram inaceitável este conjunto de exigências, mas, na prática, congelaram o processo de adesão de Ucrânia e Geórgia. Esta inclusão requer a unanimidade dos 30 membros da aliança militar.

"É fundamental que as garantias de segurança para a Rússia sejam postas por escrito e tenham força de lei", frisou o vice-chanceler russo, Sergey Riabkov, durante a apresentação dos dois textos à imprensa.

As propostas do tratado proibiriam os Estados Unidos de estabelecerem bases militares em qualquer país da antiga União Soviética que não seja membro da OTAN.

Tampouco se poderia usar a infraestrutura destes países "para qualquer atividade militar" e até mesmo "desenvolver uma cooperação militar bilateral".

Da mesma forma, os membros da OTAN se comprometeriam a não expandir a aliança, nem fazer qualquer atividade militar no território da Ucrânia e de outros países da Europa Oriental, do Sul do Cáucaso e da Ásia Central.

Os países ocidentais exigem que a Rússia retire as unidades russas estacionadas em seu próprio território ao longo da fronteira com a Ucrânia e que "diminua" as tensões com o governo ucraniano.