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Suíça abandona neutralidade e adota sanções da União Europeia contra Rússia

Manifestantes seguram faixas em apoio a Ucrânia, em frente ao escritório das Nações Unidas em Genebra (Suíça) - Pierre Albouy/Reuters
Manifestantes seguram faixas em apoio a Ucrânia, em frente ao escritório das Nações Unidas em Genebra (Suíça) Imagem: Pierre Albouy/Reuters

Da AFP

28/02/2022 15h00Atualizada em 28/02/2022 20h46

A Suíça vai retomar de forma "integral" as sanções econômicas adotadas pela UE (União Europeia) contra a Rússia pela invasão da Ucrânia — informou o presidente da Confederação Helvética, Ignazio Cassis, nesta segunda-feira (28).

Essas medidas incluem sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, envolvendo o congelamento de fundos. "Trata-se de um grande passo para a Suíça", um país tradicionalmente neutro, disse ele à imprensa, acrescentando que o Conselho Federal tomou essa decisão "com convicção, de uma forma reflexiva e inequívoca".

O ministro das Finanças, Ueli Maurer, ressaltou que o bloqueio dos ativos de pessoas incluídas na lista negativa da UE tem "efeito imediato".

Nos últimos dias, as autoridades suíças — que pareciam hesitantes quanto à aplicação de sanções após a invasão — estiveram sob forte pressão para se alinharem com a UE e com os Estados Unidos.

A ministra da Justiça, Karin Keller-Sutter, informou ainda que cinco magnatas russos, ou ucranianos, "muito próximos de Vladimir Putin" e com vínculos muito importantes na Suíça "estão proibidos de entrar" no país. Suas identidades não foram divulgadas.

Essas pessoas não têm visto de residência na Suíça, mas contam com importantes "vínculos econômicos, sobretudo, nas finanças e no negócio de matérias-primas", acrescentou.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse estar "muito feliz", porque, sem os suíços, as sanções teriam sido "menos eficazes".

Hoje, a Suíça também fechou seu espaço aéreo para todos os voos procedentes da Rússia, incluindo os aviões particulares, "com exceção de voos para fins humanitários, médicos, ou diplomáticos", disse um comunicado.

O Conselho Federal destacou que "a Suíça continuará examinando, individualmente, cada novo pacote de sanções imposto pela UE".