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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Mais de 1,5 milhão de refugiados ucranianos pela invasão da Rússia

5.mar.2022 - Refugiados esperam na fronteira ucraniana-polonesa em Medyka pelo ônibus para continuar sua jornada - Kay Nietfeld/picture alliance via Getty Images
5.mar.2022 - Refugiados esperam na fronteira ucraniana-polonesa em Medyka pelo ônibus para continuar sua jornada Imagem: Kay Nietfeld/picture alliance via Getty Images

Da AFP, em Genebra (Suíça)

06/03/2022 14h54

Mais de 1,5 milhão de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, no dia 24 de fevereiro, segundo dados atualizados da ONU (Organização das Nações Unidas), publicados neste domingo (6).

As autoridades da ONU esperam que o fluxo aumente ainda mais, já que o exército russo parece concentrar seus ataques nas grandes cidades ucranianas.

"Mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia entraram nos países vizinhos em 10 dias. Esta é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", tuitou o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi.

Os números incluem o território controlado por Kiev, com mais de 37 milhões de habitantes, mas não a península da Crimeia —anexada pela Rússia em 2014— nem as duas áreas controladas pelos separatistas pró-russos no leste do país.

De acordo com a ONU, até quatro milhões de pessoas podem abandonar o país devido ao conflito.

Principal destino

A Polônia é o país que recebeu o maior número de refugiados, boa parte deles formados por mulheres e crianças, pois os homens em idade de combater não podem abandonar a Ucrânia.

Segundo os guardas fronteiriços poloneses, 964.000 refugiados entraram no país desde 24 de fevereiro.

Somente ontem, a Polônia registrou o recorde de entradas, com 129.000 refugiados.

A maioria dos refugiados tem nacionalidade ucraniana, mas também há poloneses, uzbeques, bielorrussos, indianos, nigerianos, marroquinos, afegãos, paquistaneses, americanos e russos.

Na Polônia, onde já viviam 1,5 milhão de ucranianos antes da ofensiva russa, as pessoas se organizam nas redes sociais para arrecadar dinheiro e medicamentos e também oferecem moradia, comida, trabalho e transportes gratuitos aos refugiados.

Já a Hungría recebeu 169.053 refugiados, segundo o Acnur, 11% do total e 12.000 a mais que sábado.

O país possui cinco postos fronteiriços com a Ucrânia e várias cidades limítrofes, como Zahony, disponibilizaram edifícios públicos para alojar ucranianos