China ressalta amizade com Rússia e declara disposição para "mediação"
A amizade entre China e Rússia permanece forte, apesar da condenação internacional da invasão russa da Ucrânia, afirmou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, nesta segunda-feira, antes de destacar que seu país está disposto a participar em uma "mediação" de paz.
"A amizade entre os dois povos é sólida como uma rocha e os projetos de cooperação entre as partes são imensos", disse Wang.
O ministro acrescentou que a China enviará ajuda humanitária a Ucrânia e que o país está disposto, "se for necessário", a "trabalhar com a comunidade internacional em uma mediação" para acabar com a guerra.
"China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, são (...) sócios estratégicos muito importantes um para o outro", respondeu ao ser questionado sobre a posição de Pequim a respeito das sanções internacionais contra Moscou.
Wang considerou ainda que os dois países "contribuem" para a paz e estabilidade do mundo.
A amizade entre os dois países "é um exemplo de relação digna, onde os dois países se ajudam e se apoiam mutuamente", afirmou no mês passado o presidente russo Vladimir Putin.
Rússia e Ucrânia devem se reunir novamente hoje
Autoridades da Rússia e da Ucrânia devem se reunir hoje para uma terceira rodada de negociações acerca do conflito entre os dois países. Enquanto a Rússia pede a desmilitarização da Ucrânia e defende a "desnazificação" do país, a Ucrânia pede a retirada de das tropas russas e um cessar-fogo imediato.
A expectativa para o novo encontro se dá após a Rússia ser acusada de violar duas vezes o cessar-fogo acordado para as regiões de corredores de ajuda humanitária. Hoje, a Rússia já prometeu um novo cessar-fogo.
A Ucrânia, no entnato, diz esperar uma batalha por Kiev nos próximos dias. O prefeito de uma cidade próxima à capital foi morto enquanto distribuía ajuda humanitária.
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