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UE considera ataque russo à cidade ucraniana de Mariupol um 'enorme crime de guerra'

Militares russos dirigem um blindado em Mariupol, no sudeste da Ucrânia - STRINGER/REUTERS
Militares russos dirigem um blindado em Mariupol, no sudeste da Ucrânia Imagem: STRINGER/REUTERS

Da AFP

21/03/2022 06h58Atualizada em 21/03/2022 07h37

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, classificou nesta segunda-feira como um "enorme crime de guerra" o ataque russo à cidade portuária ucraniana de Mariupol, que está sob intensos bombardeios.

"O que está acontecendo em Mariupol é um enorme crime de guerra, (estão) destruindo tudo, bombardeando e matando a todos", disse Borrell, antes de uma reunião de chanceleres europeus em Bruxelas.

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, afirmou que "são claramente e sem dúvidas crimes de guerra".

Vários ministros das Relações Exteriores mencionaram que a magnitude da destruição justifica discussões sobre sanções adicionais contra a Rússia.

"Pelo nível de destruição na Ucrânia no momento é muito difícil, na minha opinião, argumentar que não devemos avançar (para sanções contra) o setor de energia, particularmente petróleo e carvão", disse o chanceler da Irlanda, Simon Coveney.

"Estamos trabalhando muito para reduzir nossa dependência das importações de combustíveis fósseis... e vamos sair da dependência energética que temos da Rússia", disse Baerbock.

A Ucrânia rejeitou nesta segunda-feira um ultimato russo para entregar a cidade cercada de Mariupol, cenário de intensos bombardeios desde o início da ofensiva russa em território ucraniano.

A cidade está sem energia elétrica, água potável e gás combustível. De acordo com as autoridades locais, quase mil moradores de Mariupol foram removidos à força pelas forças russas.