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França expulsa 35 diplomatas russos

04.abr.2022/ Um homem passa por um fragmento de artilharia espalhado em uma rua enquanto passa por prédios destruídos na cidade de Borodianka, a noroeste de Kiev - SERGEI SUPINSKY / AFP
04.abr.2022/ Um homem passa por um fragmento de artilharia espalhado em uma rua enquanto passa por prédios destruídos na cidade de Borodianka, a noroeste de Kiev Imagem: SERGEI SUPINSKY / AFP

04/04/2022 15h51

A França anunciou, nesta segunda-feira (4), que expulsará 35 diplomatas russos "cujas atividades são contrárias aos [seus] interesses", em plena ofensiva russa na Ucrânia.

"Esta ação faz parte de uma abordagem europeia. Nossa principal responsabilidade é garantir a segurança dos franceses e dos europeus", disse a chancelaria em um comunicado.

A breve nota oficial não especifica o número de diplomatas afetados, mas, segundo uma fonte próxima ao ministério das Relações Exteriores, serão 35.

A França segue os passos da Alemanha, cuja ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, anunciou nesta segunda-feira a expulsão de um "alto número de diplomatas" russos. Segundo informações da AFP, seriam 40.

Essas decisões foram tomadas após anúncios semelhantes nos últimos dias de vários países europeus. A Lituânia expulsou o embaixador russo pelo "massacre horrível de Bucha".

A pressão internacional sobre Moscou se intensificou após a descoberta de vários corpos supostamente de civis na região de Kiev, especialmente em Bucha.

A mobilização russa nessa região deixou 410 mortos, segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia. Moscou nega ter matado civis em Bucha e considera as imagens uma montagem promovida por Kiev.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou que está analisando novas sanções contra a Rússia por esses fatos, os quais o presidente ucraniano Volodimir Zelensky classificou como "genocídio".

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, representa o pior conflito em décadas na Europa e deixa 20.000 mortos, segundo dados ucranianos.

A guerra na Ucrânia também ofuscou a eleição presidencial na França, em 10 e 24 de abril, e impulsionou o empenho internacional do presidente e candidato à reeleição Emmanuel Macron, que tenta mediar entre Kiev e Moscou.