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Rússia sanciona 398 congressistas americanos e 87 senadores canadenses

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Imagem: Reprodução

13/04/2022 21h28

A Rússia sancionou nesta quarta-feira 398 congressistas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e 87 senadores do Canadá em resposta às sanções impostas por Washington e Ottawa contra deputados e senadores russos em represália à guerra na Ucrânia.

"Em um futuro próximo, haverá novos anúncios sobre a ampliação da lista de sancionados" tanto no caso dos EUA quanto no do Canadá, alertou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicados separados.

A medida adotada pela Chancelaria segue as sanções impostas pelos EUA, em 24 de maio, contra 328 deputados do Parlamento russo, previamente incluídos em uma lista montada pelo governo americano, que afetou quase toda a Câmara, que é formada por 458 cadeiras.

Considerando que a Rússia já tinha vetado anteriormente a entrada de vários congressistas dos EUA no país, como a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, segundo Moscou, a nova leva de sanções afeta "todos" os demais, com base na "reciprocidade".

Entre outras punições, o Departamento do Tesouro americano incluiu faz três semanas o Parlamento russo na lista de entidades vetadas e congelou qualquer ativo sob a jurisdição dos EUA, que possam ter os 328 integrantes da Câmara dos Deputados da Rússia.

"A Duma estatal russa segue apoiando a invasão de Putin, restringindo o fluxo livre de informação e infringindo os direitos básicos dos cidadãos da Rússia", segundo afirmou a secretária do Tesouro americana, Janet Yellen.

O Departamento do Tesouro americano relembrou, além disso, que, em fevereiro, o Parlamento russo aprovou um chamamento para que Putin reconhecesse como independentes as repúblicas pró-russas de Donetsk e Lugansk, "apesar de serem parte da Ucrânia".

No caso do Canadá, o governo sancionou, no mesmo dia que os EUA, a 160 senadores russos e, por isso, houve resposta com a proibição da entrada no país de 87 congressistas canadenses.

A Rússia considera a medida "não amistosa", contrária aos interesses nacionais, já que o Canadá "tenta estar a frente do curso russófobo da atual Administração americana", indicou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.