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Rússia prende jornalista por texto sobre policiais que se recusaram a lutar na Ucrânia

Dois soldados russos patrulham o teatro de Mariupol, bombardeado em 16 de março passado - Alexander NEMENOV/ AFP
Dois soldados russos patrulham o teatro de Mariupol, bombardeado em 16 de março passado Imagem: Alexander NEMENOV/ AFP

15/04/2022 13h33Atualizada em 15/04/2022 14h11

A Justiça russa ordenou a prisão de um jornalista siberiano nesta sexta-feira (15), que afirmou em uma matéria que onze membros da polícia de choque russa se recusaram a se juntar à campanha militar de Moscou na Ucrânia.

De acordo com o Comitê de Investigação da Federação Russa, o homem, editor-chefe de um site na região siberiana de Khakassia, é acusado de "divulgar deliberadamente informações falsas" sobre as forças armadas russas.

Se condenado, o jornalista pode pegar 10 anos de prisão, disse o Comitê em comunicado.

A filial local desta organização não forneceu o nome do jornalista, mas parece ser Mikhail Afanasyev, diretor do site de notícias Novyi Fokus (Nova Abordagem), com sede em Khakassia.

No início de abril, Afanasyev, citando fontes, disse que 11 membros das forças especiais OMON do Ministério do Interior estavam sob pressão das autoridades depois de se recusarem a ser enviados para a Ucrânia.

A matéria de Afanasyev foi amplamente compartilhada nas redes sociais.

Nesta sexta-feira, o órgão de vigilância da mídia da Rússia bloqueou a versão russa do site do Moscow Times, um veículo independente que citou a matéria.

"A Rússia bloqueou o serviço em russo do Moscow Times nesta sexta-feira depois de publicar o que as autoridades acreditam ser informações falsas sobre a polícia de choque se recusar a lutar na Ucrânia", disse o jornal em seu site.

Sob leis recentemente aprovadas, a publicação de informações sobre o conflito na Ucrânia que as autoridades acreditam ser falsas acarreta penas pesadas de até 15 anos de prisão.