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Alemanha vai autorizar entrega de tanques à Ucrânia

12.abr.2022 - Soldados russos caminham por uma rua em Mariupol, enquanto as tropas russas intensificam uma campanha para tomar a cidade portuária estratégica da Ucrânia - Alexander Nemenov/AFP
12.abr.2022 - Soldados russos caminham por uma rua em Mariupol, enquanto as tropas russas intensificam uma campanha para tomar a cidade portuária estratégica da Ucrânia Imagem: Alexander Nemenov/AFP

26/04/2022 06h04Atualizada em 26/04/2022 06h56

A Alemanha autorizará a entrega de tanques do tipo "Guepard" à Ucrânia, informou nesta terça-feira (26) uma fonte do governo, o que representa uma mudança importante na prudente política de apoio militar de Berlim a Kiev.

Os detalhes, incluindo o número de tanques, especializados em defesa antiaérea, serão revelados ainda nesta terça-feira pela ministra da Defesa, Christine Lambrecht, em uma reunião na base base militar americana de Ramstein (Alemanha), segundo a mesma fonte.

Os veículos procederiam dos estoques da indústria de defesa da Alemanha.

Quase 40 países se reúnem nesta terça-feira na base de Ramstein a convite de Washington para reforçar a defesa da Ucrânia que, segundo o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, "pode vencer" a Rússia se receber os equipamentos adequados.

No momento em que a Rússia tenta controlar por completo o sul da Ucrânia e a região do Donbass, a reunião pretende "gerar capacidades adicionais para as forças ucranianas", declarou Austin na segunda-feira após uma visita a Kiev.

A França já anunciou o envio de canhões 'Caesar' com alcance de 40 km e o Reino Unido doou mísseis antiaéreos 'Starstreak' e veículos blindados.

O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, fou questionado por vários países bálticos e da região central da Europa por sua recusa a enviar armas pesadas solicitadas pela Ucrânia.

Os críticos veem em sua atitude uma continuidade do viés pró-russo de seu partido social-democrata PSD.

Na Alemanha, o debate político está vivo, mesmo dentro da coalizão de governo, onde os verdes e os liberais consideram insuficiente o apoio fornecido a Kiev e pediram a Scholz que autorize o envio de material ofensivo, em especial veículos blindados.

O chanceler justifica sua política prudente em termos de armas pesadas como uma forma de evitar um confronto direto entre OTAN e Rússia, uma potência nuclear.