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Ucrânia afirma que sua adesão à UE é questão de 'guerra e paz' na Europa

10.mai.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky - Presidência da Ucrânia
10.mai.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky Imagem: Presidência da Ucrânia

10/05/2022 14h37Atualizada em 10/05/2022 15h16

Kiev, Ucrânia, 10 Maio 2022 (AFP) - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou nesta terça-feira (10) que a adesão de seu país à União Europeia é uma questão de "guerra e paz" no continente europeu.

"Quero enfatizar que a adesão da Ucrânia à UE é uma questão de guerra e paz na Europa", disse Kuleba em uma coletiva de imprensa em Kiev com sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, que apoiou a Ucrânia diante da invasão russa.

Kuleba considerou que "uma das razões pelas quais esta guerra começou é que [o presidente russo, Vladimir] Putin estava convencido de que a Europa não precisava da Ucrânia".

Por sua vez, o chanceler também saudou a "mudança de postura" da Alemanha em relação à sua oposição inicial ao embargo às importações russas de petróleo e à entrega de equipamento militar ao governo de Kiev.

"Gostaria de agradecer à Alemanha por sua mudança de posição em várias questões. A Alemanha mudou sua posição sobre a entrega de armas à Ucrânia (...) e anunciou o início de uma nova política em relação à Rússia", disse.

Kuleba destacou em particular o "apoio ao início de um embargo de petróleo" pela Alemanha às importações russas de petróleo bruto.

Baerbock anunciou que a Alemanha reabriria sua embaixada em Kiev, fechada logo após o início da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro. Inicialmente, terá "uma presença mínima", especificou.

Anteriormente, Baerbock visitou cidades nos subúrbios de Kiev onde os ucranianos acusam os russos de cometerem atrocidades contra civis.

"Este é um lugar onde um dos piores crimes imagináveis foi cometido e é por isso que era tão importante para mim estar aqui hoje", disse Baerbock em Bucha, onde dezenas de corpos foram encontrados após a partida das tropas russas.

"Podemos fazer justiça (...) Como comunidade internacional, podemos coletar provas para que os culpados sejam responsabilizados", declarou, segundo imagens transmitidas por redes de televisão alemãs.