Rússia diz que examinará possível troca de prisioneiros após julgamentos
A Rússia examinará a possibilidade de trocar prisioneiros com a Ucrânia depois dos julgamentos dos combatentes ucranianos detidos, afirmou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Andrei Rudenko.
"Vamos analisar tudo isto depois que os que se renderam forem julgados e do anúncio das sentenças", disse.
"Antes, as discussões sobre uma troca são prematuras", acrescentou.
Na semana passada, os últimos combatentes ucranianos da estratégica cidade de Mariupol, que ficaram entrincheirados durante semanas na grande siderúrgica Azovstal, se renderam.
De acordo com o ministério russo da Defesa, mais de 4.000 soldados ucranianos foram capturados.
As autoridades ucranianas desejam organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas a Rússia considera que parte deles, que integram o batalhão Azov, são combatentes neonazistas culpados de crimes de guerra e não militares.
No sábado, o deputado e negociador russo Leonid Slutski declarou que Moscou "examinaria" a possibilidade de trocar combatentes do regimento citado por Viktor Medvedchuk, empresário ucraniano próximo ao presidente russo Vladimir Putin. Ele foi detido em meados de abril na Ucrânia.
Rudenko, no entanto, afirmou nesta quarta-feira que a Rússia não considera tal troca. "Não, não vamos analisar isso. Não temos essa informação no ministério das Relações Exteriores", disse.
O líder separatista pró-Rússia Denis Puchilin afirmou na terça-feira que a Procuradoria Geral da república autoproclamada de Donetsk estava trabalhando com Moscou para decidir a composição do tribunal responsável por julgar os prisioneiros ucranianos.
Rudenko afirmou que não tem informações sobre a questão.
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