Nova York proíbe venda de armas semiautomáticas para menores de 21 anos
O estado de Nova York proibiu a venda de armas semiautomáticas a menores de 21 anos, na tentativa de diminuir a violência após os recentes massacres de adolescentes em Buffalo e Uvalde, que deixaram 10 e 21 mortos (19 crianças), respectivamente, no últimas semanas.
Até agora, a idade mínima para adquirir essas armas era de 18 anos.
A governadora do estado, democrata Kathy Hochul, assinou nesta segunda-feira um pacote de medidas aprovado em tempo recorde pelo parlamento estadual, que também inclui a proibição de venda de coletes à prova de balas e capacetes de proteção para pessoas que não exercem determinadas profissões.
"A violência das armas de fogo é uma epidemia que está dilacerando nosso país", disse a governadora, acompanhada pelos líderes da Câmara - que viabilizaram a aprovação do pacote - e por autoridades locais, como a promotora Letitia James.
Hochul exortou o Congresso federal a "liderar e tomar medidas imediatas" de prevenção significativas contra a violência com armas, considerando que se trata de um "problema nacional".
"Vidas dependem disso", insistiu.
Só no último fim de semana, 10 mortos e mais de vinte feridos foram contabilizados em uma série de tiroteios em todo o país.
De acordo com uma pesquisa da CBS News, a maioria dos americanos é a favor de regras mais rígidas sobre a posse de armas, com 81% apoiando a verificação de antecedentes de todos os potenciais compradores.
Diante da onda de violência por armas de fogo, o presidente Joe Biden, também democrata, atacou mais uma vez os republicanos que se opõem à restrição da venda de armas e lamentou o fato de lugares como escolas ou hospitais "terem se tornado campos de extermínio, campos de batalha".
No domingo, o presidente voltou a dizer "Chega". "Se não podemos proibir armas de assalto como deveríamos, devemos pelo menos aumentar a idade para 21" para comprá-las, tuitou.
A violência armada nos Estados Unidos matou mais de 18.000 pessoas até agora em 2022, incluindo quase 10.300 suicídios, de acordo com o Gun Violence Archive.
Os incidentes mais graves até agora são o tiroteio em massa por um supremacista branco de 18 anos em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York, em 14 de maio, no qual 10 afro-americanos foram mortos; e o tiroteio 10 dias depois em uma escola em Uvalde, no estado do Texas, pelas mãos de um jovem de 18 anos que matou 19 crianças e dois professores.
Em 2020, havia cerca de 393 milhões de armas de fogo em circulação nos Estados Unidos, mais do que a população do país.
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