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Rússia tem 600 ucranianos detidos em Kherson, afirma Kiev

2.jun.2022 - Corpo de civil foi encontrado em escada de prédio de escola que foi atingida por ataque em Kharkiv, no leste da Ucrânia - Vitalii Hnidyi/Reuters
2.jun.2022 - Corpo de civil foi encontrado em escada de prédio de escola que foi atingida por ataque em Kharkiv, no leste da Ucrânia Imagem: Vitalii Hnidyi/Reuters

07/06/2022 10h45Atualizada em 07/06/2022 11h01

A Ucrânia acusou, nesta terça-feira (7), o exército russo de prender cerca de 600 pessoas, em sua maioria jornalistas e ativistas, na região de Kherson (sul), totalmente ocupada pelas tropas russas.

"Segundo as informações que temos, quase 600 pessoas estão (...) retidas em porões especialmente habilitados na região de Kherson", disse Tamila Tacheva, representante do presidente ucraniano para a Crimeia, a península ucraniana limítrofe com Kherson que foi anexada por Moscou em 2014.

São "principalmente jornalistas e ativistas" que organizaram "manifestações a favor da Ucrânia em Kherson e sua região", acrescentou.

"Estão detidos em condições desumanas e estão sendo torturados", acusou Tacheva, sem fornecer detalhes.

Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson - civis, mas também prisioneiros de guerra - foram enviados posteriormente a prisões na Crimeia, disse a mesma fonte.

Kherson tinha mais de um milhão de habitantes antes da invasão russa no final de fevereiro.